Num cenário de alta da inflação e dos juros, o desafio da rede de home center é manter os preços atrativos
Por Patrícia Raposo
Dando prosseguimento ao seu plano de expansão, a Ferreira Costa chega ao Rio Grande do Norte. A loja de Natal será oitava na região, consolidado a liderança desse home center no Nordeste e assegurando à marca a quinta posição no ranking nacional. E empresa não revela o valor do investimento, nem faturamento, mas diz que vai gerar 500 empregos na cidade.
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Localizada no bairro de Capim Macio, a unidade de 10 mil metros quadrados, além dos serviços tradicionais, vai abrigar um pequeno mall com lojas que vão de lotérica à revenda de produtos de beleza. Um modelo que vem dando certo em outras unidades. A Ferreira Costa tem lojas em Recife, Caruaru (PE), Garanhuns(PE), Sergipe, João Pessoa e Salvador e nos próximos anos quer chegar a Fortaleza e Brasília, além de abrir nova unidade em Salvador.
O desabastecimento global, que tem atingido alguns setores da economia, e chegou a impactar o segmento de ferramentas, móveis para escritório, colchões e sofás, não comprometeu os planos da rede de abrir sua nova unidade na próxima semana.
“Ao longo desse ano tivemos alguns momentos de desabastecimento nesses produtos, mas como trabalhamos com um mix muito amplo, com variedade muito grande, conseguimos contornar a situação”, explica Flávia Chiba, gerente de e-commerce da rede.
O desafio agora são os preços. Na última Black Friday, segundo a gerente, a empresa conseguiu dar descontos atrativos. No entanto, apesar de crescimento no faturamento, as vendas no e-commerce foram menores. “Um relatório da Nilsen mostra que esse foi o efeito da inflação nesta Black Friday: pessoas comprando menos e pagando mais”, diz a gerente.
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Mas é preciso considerar também que o consumidor ainda está assustado com as idas e vindas da pandemia. Tanto que nesta Black Friday, a frequência nas lojas físicas da rede foi visivelmente menor. Por isso, a rede tem se voltado a melhorar cada vez mais seu e-commerce para atender a esse cliente que aprendeu a fazer compras digitais.
“A pandemia nos fez acelerar nossa digitalização. Mas a logística é um braço importante, porque o cliente quer receber logo a mercadoria. A época em que se esperava 15 dias, um mês para receber o produto, já acabou”, diz Flávia Chiba.
A Ferreira Costa está no e-commerce há três anos. Os esforços de melhoria no serviço de entrega, com parte da frota terceirizada, reduziu o prazo para a chegada da mercadoria no endereço do cliente de 7 para 3 dias e, nas regiões metropolitanas, a entrega expressa chega a ser feita em menos de 24h, a depender da dimensão do produto, já que muita mercadoria pode ser entregue por motoqueiros.
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A logística é realmente algo bem importante para fazer uma rede de loja na dimensão da Ferreira Costa funcionar. “São mais de 22 departamentos numa única loja, com produtos para casa, construção, decoração e manutenção. Com mais de 60 mil itens em nossas filiais”, ressalta Alexandre Fernandes, gerente de Trade Marketing.