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A Bombril protocolou no último dia 10 de fevereiro um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª Região Administrativa Judiciária de São Paulo. A decisão foi aprovada pelo conselho de administração e busca regularizar passivos tributários de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. A dívida financeira de R$ 300 milhões.
As dificuldades financeiras da Bombril decorrem de autuações da Receita Federal relacionadas a operações de aquisição de títulos de dívida estrangeiros entre 1998 e 2001, período em que a empresa estava sob o controle do grupo italiano Cragnotti & Partners. Essas autuações resultaram em contingências tributárias que, após decisões judiciais recentes, levaram a empresa a reconhecer essas perdas e buscar alternativas para mitigar os impactos financeiros.
Em comunicado, a Bombril afirmou que a recuperação judicial permitirá manter sua capacidade operacional e reestruturar o passivo por meio de um processo que cause o menor impacto possível aos credores e às atividades. A empresa informou que pretende atingir uma estrutura de endividamento que permita novos investimentos e crescimento.
No mercado financeiro, o anúncio teve impacto imediato. As ações da Bombril (BOBR4) registraram queda de cerca de 30% na manhã seguinte, refletindo a preocupação dos investidores com a situação.
A Bombril é controlada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira e tem como acionista minoritário o bilionário Silvio Tini. Desta vez, o pedido está sendo feito pela empresa operacional e abrange também a Brilmaq Empreendimentos Imobiliários.
A recuperação judicial permite que empresas reorganizem suas dívidas e operações para garantir a continuidade das atividades e manter empregos. O sucesso do processo depende da aprovação de um plano de recuperação pelos credores e do cumprimento das obrigações estabelecidas.
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