A Cooperativa dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf) Timbaúba moeu 880 mil toneladas de cana-de-açúcar até a quarta-feira (22), quando decidiu encerrar a safra 2024/2025. A quantidade da planta foi 10% a mais do que a última moagem (2023/2024), mas menor do que a previsão que tinha uma expectativa de 950 mil toneladas nesta colheita.
Inicialmente, a falta de chuvas fez com que os canaviais dos cooperados não se desenvolvessem como o esperado. Desde setembro do ano passado, algumas localidades da Mata Norte registraram diminuição no volume de chuvas.
Com as 880 mil toneladas de cana moídas nesta safra 2024/2025, a Coaf-Timbaúba conseguiu produzir 1,2 milhão de sacos de açúcar de 50 kg, 16,1 milhões de litros de etanol e 26 milhões de litros de aguardente. A cooperativa começou a safra em agosto do ano passado e empregou 4,5 mil profissionais na usina e no campo.
Além da safra maior em relação à anterior, a Coaf também se destacou na eficiência. A usina produziu mais em um tempo menor de forma comparativamente. A cooperativa processou 12,05% mais cana-de-açúcar, mesmo moendo 10% a mais do que a última safra.
Impacto da chuva no final da safra
Segundo informações da empresa, a chegada da chuva no fim da safra na usina evitou que houvesse a perda de rendimento da unidade, uma vez que chuva reduz o teor de açúcar da cana, o que diminuiria a produção e o valor da cana.
Ainda de acordo com informações da Coaf- Timbaúba, os cooperados acumularam prejuízo com a morte da socaria da cana-de-açúcar por conta da seca que ocorreu nesta safra. Socaria é a parte da planta que brota após o corte. A perda da socaria eleva o custo de produção, porque o fornecedor terá que fazer o replantio. Geralmente, cada socaria brota por até seis safras, quando não é atingida pela estiagem.
O presidente da Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco, Alexandre Andrade Lima, pede ao Governo do Estado que sejam implantadas pequenas e micro barragens na Zona da Mata, de modo que evite o desperdício da água da chuva no período chuvoso, que escorre pelos rios até o mar – recurso hídrico que faz muita falta nos meses do ano com baixa pluviosidade.
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