O dólar comercial fechou em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,85, nesta quinta-feira, após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a entrada de capital estrangeiro no país. Este é o menor valor registrado desde 26 de novembro do ano passado, quando a moeda norte-americana encerrou a R$ 5,81.
A desvalorização do dólar foi influenciada por diversos fatores. Entre eles, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, agora fixada em 13,25% ao ano. A medida visa conter a inflação e atrair investimentos estrangeiros, fortalecendo o real.
Além disso, o presidente Lula reafirmou a independência da Petrobras para tomar decisões sobre preços e destacou a autonomia do Banco Central para definir a taxa Selic. Essas declarações contribuíram para aumentar a confiança dos investidores no mercado brasileiro.
O cenário internacional também favoreceu a queda do dólar. A moeda norte-americana perdeu força frente a outras divisas principais e emergentes, impulsionada pelo apetite por risco e pela alta das bolsas em Nova York.
Dólar e perspectivas para a economia brasileira
Especialistas apontam que a economia brasileira enfrenta desafios significativos em 2025. Segundo o Boletim Focus, a projeção de crescimento econômico para o ano é de 2%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua estimativa para 2,5%. A alta da taxa Selic e a política fiscal do governo são fatores que podem impactar o desempenho econômico do país.
O mercado de câmbio brasileiro também tem sido volátil. Em 2024, o dólar encerrou o ano com uma alta de 27%, cotado a R$ 6,18. Para 2025, espera-se uma suavização desse movimento, com o dólar estabilizando-se em torno de R$ 6,05 a R$ 6,10.
A economia global também influencia o cenário brasileiro. A política econômica dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, e as incertezas geopolíticas na Europa e no Oriente Médio são fatores que podem afetar o mercado financeiro e a taxa de câmbio no Brasil.