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Caged 2024: serviços e comércio impulsionam empregos no Nordeste

Em 2024, a região foi responsável por 19,5% dos novos empregos com carteira assinada criados no Brasil, ficando atrás apenas do Sudeste, que respondeu por aproximadamente 46% do total
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Apesar dos números finais positivos, o Nordeste registrou um saldo negativo de 53.927 empregos fornalizados em dezembro. Foto: Agência Brasil

O Nordeste registrou um saldo positivo de 330.901 empregos formais ao longo de 2024, o que equivale a 19,5% dos novos postos de trabalho criados no Brasil. A região ficou atrás apenas do Sudeste, que respondeu por aproximadamente 46% do total. Em média, o Nordeste gerou cerca de 27,5 mil empregos líquidos por mês. Os dados são da coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (30).

Entre os estados nordestinos, Bahia, Pernambuco e Ceará lideraram a geração de empregos. A Bahia registrou 84.726 novos postos, representando 25,6% do total da região. Pernambuco ficou em segundo lugar, com 62.233 empregos gerados (18,8%), seguido pelo Ceará, que contabilizou 56.231 novas vagas (17%). Outros estados também tiveram desempenhos relevantes: Rio Grande do Norte (34.294), Paraíba (27.614), Alagoas (20.363), Maranhão (16.327), Sergipe (15.729) e Piauí (13.384).

Setores que mais geraram empregos

Os setores de serviços e comércio foram os grandes impulsionadores do mercado de trabalho na região. O setor de serviços foi responsável por 53% dos novos postos de trabalho, enquanto o comércio respondeu por 24%. A indústria teve uma participação de 15%, seguida pela construção civil (6%) e pela agropecuária (2%).

O economista Miguel Vieira de Araújo, da coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene, destacou que, em termos proporcionais ao saldo de cada estado, o setor de comércio teve grande impacto no Maranhão (40% dos empregos gerados), no Piauí (36%) e em Sergipe (30%). No setor de serviços, o destaque ficou com Piauí (63%), Bahia (60%) e Pernambuco (57%). Já no setor industrial, o Ceará se sobressaiu, com 22,8% dos empregos criados na região. Outros estados também tiveram participações relevantes: Alagoas (15,7%), Maranhão (14,9%), Piauí (14,2%) e Bahia (14,1%).

Na agropecuária, o Piauí apresentou o maior percentual de participação, com 6% dos novos postos de trabalho do estado. Em contrapartida, Alagoas, Sergipe e Paraíba registraram saldo negativo no setor.

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Desempenho em dezembro

Apesar do desempenho positivo ao longo do ano, o Nordeste registrou um saldo negativo de 53.927 postos de trabalho em dezembro, o que representou 10% do total de empregos fechados no Brasil (535.547 vagas encerradas).

A região ficou atrás apenas do Norte, que respondeu por 4,3% do saldo negativo nacional. “Historicamente, dezembro é um mês que apresenta saldo negativo devido aos ajustes realizados após as festas de final de ano, tanto é que o saldo foi negativo em todas as unidades da federação”, explicou Miguel Vieira.

Panorama do mercado de trabalho no Nordeste

A Bahia, além de liderar a geração de empregos na região, teve no setor de serviços sua principal fonte de novos postos, com 51.324 vagas criadas. O setor de comércio gerou 13.898 empregos, seguido pela indústria (10.491 vagas) e pela construção civil (5.645 postos). O crescimento no estado reflete a expansão do turismo, dos serviços de saúde e educação, e os investimentos em energia renovável e infraestrutura.

Em Pernambuco, o setor de serviços também se destacou, com 35.853 novas vagas, seguido pelo comércio (13.482 postos) e pela indústria (6.558 vagas). A construção civil também teve uma contribuição significativa, com 6.097 novos empregos.

O Ceará registrou 56.231 novos postos de trabalho, com destaque para serviços (27.641 vagas), indústria (13.557 postos) e comércio (11.870 empregos). A construção civil, embora com crescimento mais moderado, ainda gerou 1.102 novas vagas.

O Maranhão teve um saldo de 16.327 novos empregos, sendo o comércio (7.135 vagas) e os serviços (4.769 postos) os principais geradores de empregos. A indústria (2.416 vagas) e a construção civil (1.608 postos) também tiveram papel relevante.

Outros estados, como Piauí e Rio Grande do Norte, também registraram crescimentos importantes. No Piauí, o setor de serviços gerou 27.641 vagas, enquanto a indústria foi responsável por 13.557 novos postos de trabalho. No Rio Grande do Norte, o saldo foi de 34.294 empregos, com destaque para o setor de serviços (17.088 vagas) e a indústria (9.872 postos).

Perspectivas para o Nordeste

O saldo positivo de empregos ao longo de 2024 mostra um cenário de recuperação gradual do mercado de trabalho no Nordeste, impulsionado pela diversificação das atividades econômicas e pelo fortalecimento de setores estratégicos. O crescimento da indústria e dos serviços, aliado à expansão da infraestrutura, segue como fator determinante para sustentar o avanço econômico da região nos próximos anos.

*Com informações da Sudene

Leia mais: Brasil fecha 2024 com saldo positivo perto de 1,7 milhão de empregos

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