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Caso do Pix fulmina a aprovação de Lula

Humberto Costa e Teresa Leitão e o prefessor Hely Ferreira concordam que o episódio do pix como responsável pela queda na avaliação de Lula
Episódio do pix faz o presidente Lula ter a desaprovação maior do que a aprovação Foto: José Cruz/Agência Senado
Episódio do pix faz o presidente Lula ter a desaprovação maior do que a aprovação Foto: José Cruz/Agência Senado

Pesquisa é momento, costumam dizer os políticos. E o momento do presidente Lula não é nada bom, como constatou a pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (27), em que pela primeira vez a desaprovação do petista supera a aprovação. O levantamento acontece na esteira da polêmica sobre a taxação do Pix, tema levantado pela oposição e que colocou o Governo Federal contra a parede. O desgaste na imagem da gestão é apontado pelos aliados do presidente como o motivo para uma queda maior no índice de aprovação.

A pesquisa Quaest apontou que o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 47% dos brasileiros. O percentual dos que disseram desaprovar é de 49%. Os que não sabem ou não responderam somam 4%. A margem de erro é de 1 ponto percentual.

Teresa Leitão afirma que a queda era esperada, diante das “mentiras’ da oposição Foto Saulo CruzAgência Senado

Senadora em primeiro mandato, Teresa Leitão afirma que essa queda era esperada, pelo fato de a pesquisa ter sido contaminada pelas “‘mentiras” da oposição. “Pesquisa é o retrato de um momento, e esta pesquisa foi feita no calor de um evento de repercussão negativa para o governo. Esse caso das mentiras que opositores inventaram sobre taxação do Pix. Então, o resultado com a queda na popularidade, neste cenário, é algo esperado”, colocou Teresa Leitão.

O também senador Humberto Costa compartilha dessa opinião, mas acrescenta que esperava que o “estrago seria maior”. Mas ele acrescenta que é “perfeitamente recuperável”. 

“É necessário reconhecer que houve realmente um pequeno abalo na avaliação do governo. No entanto, dada a dimensão que tomou esse assunto do Pix, eu imaginava até que fosse uma queda maior na popularidade do presidente. Entendo que isso é algo perfeitamente recuperável. Primeiro porque as razões da desconfiança estão claras e que não tinham qualquer fundamento. Inclusive a retomada plena da utilização do Pix no Brasil é uma comprovação de que as pessoas já não tem mais nenhuma dúvida em relação ao que vai acontecer ou deixar de acontecer, mas é óbvio que isso abalou”, ponderou Humberto Costa.

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Senador Humberto Costa disse que esperava um estrago maior Foto Jefferson RudyAgência Senado

Cientista político e professor Hely Ferreira avaliou que a queda da popularidade teve um forte componente do episódio do Pix, que ele classificou como um “tiro no pé” do Governo., que perdeu a batalha da comunicação com a oposição. 

“Aquilo foi um tiro no pé. As pessoas movimentam suas compras e vendas através do Pix. Na hora que você tem um discurso que é posto na mídia dizendo que essas pessoas serão taxadas, naturalmente isso repercupe. Embora se diga que foi fake news, você desconstruir uma primeira matéria leva muito mais tempo do que aquilo que foi dito primeiro. E como a mentira prevalece na história é muito mais que a verdade, aí é que você tem dificuldade”, colocou o professor Hely.

Ele acrescentou que a oposição tem se mostrado mais eficiente na comunicação, do que a esquerda que dá sustentação ao Governo Federal. A chamada extrema direita tem demonstrado nos últimos anos que sabe muito melhor se comunicar nas redes sociais com o seu eleitorado do que a esquerda histórica no Brasil. Porque tem mostrado uma certa homogeneidade, coisa que a esquerda não consegue. O presidente Lula tem um partido que tem várias tendências”, ponderou o professor Hely.  

Após estrago do Pix, olho no futuro

Estrago feito, é olhar para o futuro. Tanto Teresa Leitão como  Humberto Costa acreditam que o estrago provocado pelo episódio do Pix vai passar, e que a nova comunicação que o Governo Federal está colocando em prática ajudará a melhorar a avaliação da gestão. 

“Estou certa de que o quadro se reverte muito em breve. A mudança na comunicação foi muito boa. Estamos vendo um cuidado maior com a informação, além de leveza e agilidade na forma de transmitir a mensagem. Temos um bom governo, e a comunicação vai mostrar isso ao nosso povo”, colocou Teresa. 

“Apesar de a diferença da aprovação e desaprovação estar na margem de erro, mas em comparação com a pesquisa anterior, nós perdemos cinco pontos. Mas acho que é perfeitamente possível haver uma recuperação. É perfeitamente possível haver uma recuperação. O Governo está discutindo temas cruciais, dirigidos à classe média. Nesse ponto a questão da isenção do imposto de renda para quem ganha até 5.000 será sem dúvida uma medida que terá uma repercussão importante”, destacou Humberto. 

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