Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Recife tem o metro quadrado mais caro para aluguel de imóveis no Nordeste

Capital pernambucana lidera com R$ 54,95/m², enquanto Salvador teve o maior crescimento percentual do país, com alta de 33,07% no aluguel em 2024, segundo
orla mar Recife praia aluguel imóveis
Peço do aluguel residencial por metro quadrado no Recife só foi menor em 2024 do que São Paulo e Florianópolis. Foto: Reprodução/PCR

O Recife possui o metro quadrado mais caro para aluguel residencial no Nordeste e o terceiro do Brasil, com valor médio de R$ 54,95/m² em 2024. Já Salvador se destacou pelo maior aumento percentual no país, registrando uma alta de 33,07% no período, segundo dados do Índice FipeZap divulgados nesta terça-feira (14). O levantamento acompanha os preços de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras. Por este indicador, o aluguel no país subiu 13,5% em 2024, quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, que acumulou 4,83% em 2024.

No Nordeste, outras capitais também chamam atenção pelos preços. São Luís, com R$ 52,09/m², ocupa a quarta posição no ranking nacional do metro quadrado residencial mais caro para locação, enquanto Maceió aparece em sexto lugar, com R$ 51,51/m². Fortaleza, com R$ 46,70/m², e Natal, com R$ 45,32/m², também estão entre as capitais com aluguéis elevados no Nordeste.

O Índice FipeZap é resultado de uma parceria entre a plataforma de anúncio de imóveis Zap e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Apesar de superar o índice do IBGE, houve uma desaceleração em relação aos dois anos anteriores: 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%).

Maior demanda por imóveis urbanos

De acordo com a Fipe, em 2024 o aluguel subiu mais que o preço médio de venda de imóveis residenciais, que expandiu 7,73%. Além disso, o Índice FipeZap foi o dobro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), comumente chamado de “inflação do aluguel”, pois costuma corrigir anualmente os contratos de moradia. O IGP-M encerrou 2024 em 6,54%.

A valorização média dos preços de locação no Brasil de 13,5% pelo Índice FipeZap em 2024 superou significativamente a inflação oficial, medida pelo IPCA, que foi de 4,83%. Esse cenário reflete uma demanda crescente por imóveis urbanos, especialmente em cidades nordestinas que vêm atraindo investimentos e novos moradores.

- Publicidade -

Apesar dos valores altos, o mercado é influenciado por fatores locais, como oferta, demanda e desenvolvimento econômico. O aumento no custo do aluguel representa um desafio para os inquilinos, especialmente em capitais como Salvador e Recife, onde o impacto financeiro é mais significativo.

Um quarto mais caro para aluguel

O estudo aponta que o aluguel do imóvel de um quarto foi o que mais subiu, 15,18%, superando a evolução dos domicílios de dois (12,71%), três (12,52%) e quatro ou mais dormitórios (14,17%).

Em relação ao preço do metro quadrado (m²), o imóvel de um quarto também é mais caro (R$ 63,15). O domicílio de dois quartos era anunciado a R$ 44,84, em média.

Entre as capitais, Salvador teve o maior aumento médio no aluguel, 33,07%, seguida por Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%). São Paulo (11,51%) e Rio de Janeiro (8%) tiveram expansões de preço abaixo da média do Índice FipeZap. Maceió teve o menor aumento (3,35%), sendo a única capital que ficou abaixo da inflação oficial do IBGE.

Os pesquisadores esclarecem que o índice FipeZap considera preços de anúncios para novos aluguéis. “Não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o índice capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo”, pontua a instituição.

Perspectiva para 2025

Para 2025, espera-se que o mercado continue aquecido, impulsionado pela urbanização e pela recuperação econômica em algumas capitais. Ainda assim, o custo elevado pode levar a maior procura por imóveis localizados em regiões periféricas ou com preços mais acessíveis, uma tendência observada em anos anteriores.

Esse movimento reforça a necessidade de planejamento e pesquisa para inquilinos, enquanto os proprietários precisam adaptar suas expectativas às condições e demandas do mercado atual.

Maior cidade do país, São Paulo é a capital com o metro quadrado (m²) residencial mais caro para locação.

CONFIRA O RANKING DAS CAPITAIS COM METRO QUADRADO MAIS CARO PARA ALUGUEL RESIDENCIAL

São Paulo: R$ 57,59/m²

Florianópolis: R$ 54,97/m²

Recife: R$ 54,95/m²

São Luís: R$ 52,09/m²

Belém: R$ 51,83/m²

Maceió: R$ 51,51/m²

Rio de Janeiro: R$ 48,81/m²

Manaus: R$ 48,22/m²

Brasília: R$ 46,80/m²

Salvador: R$ 44,22/m²

Vitória: R$ 43,71/m²

Belo Horizonte: R$ 41,85/m²

Curitiba: R$ 41,59/m²

João Pessoa: R$ 41,45/m²

Porto Alegre: R$ 40,00/m²

Cuiabá: R$ 39,83/m²

Goiânia: R$ 39,53/m²

Natal: R$ 36,01/m²

Campo Grande: R$ 32,66/m²

Fortaleza: R$ 32,61/m²

Aracaju: R$ 24,90/m²

Teresina: R$ 22,49/m²

*Com informações da Agência Brasil

Leia mais: Leilão pode definir futuro do Holiday, marco arquitetônico do Recife

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -