O estado de Sergipe fechou 2024 apresentando resultados positivos em sua balança comercial. Segundo análise do Observatório de Sergipe vinculado à Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan), o estado registrou um saldo positivo de US$ 23,9 milhões entre importações e exportações. Os destaques ficaram por conta dos bons resultados obtidos com a exportação de óleos brutos de petróleo e o suco de laranja
Segundo o governo de Sergipe, essa foi a terceira vez desde o começo da aferição, em 2017, que o estado fecha sua balança comercial de forma positiva. Os dados analisados são do Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro disponibilizado pelo Ministério da Economia.
Ao todo, foram US$ 397,9 milhões em importações e US$ 421,8 milhões em exportações. Os destaques na pauta de exportação e responsáveis por 89,6% do superávit foram os óleos brutos de petróleo e o suco de laranja. Em relação ao ano anterior, houve aumento no valor das exportações em 25,1% e aumento nas importações em 66,1%. Sergipe, no ano de 2024, representou apenas 0,1% das exportações e 0,2% das importações do Brasil.
Petróleo e produção agrícola puxam desempenho da balança comercial
Segundo os dados divulgados pelo governo sergipano, o principal produto exportado pelo estado no ano passado foi o óleo bruto de petróleo, que contou com uma participação de 56,2% no total de exportações realizadas por Sergipe em 2024, gerando uma receita de US$ 237 milhões. O principal destino da exportação desse produto foi a Holanda, nos Países Baixos, que representou 25,5%.
Já a categoria de ‘gás natural, liquefeito’ foi o principal produto importado, representando 38,8%, o que totaliza US$ 154,5 milhões, de todas as importações sergipanas no ano de 2024. O Catar foi o principal fornecedor, com 61,3% do total e os e Estados Unidos responsáveis por 38,7% do gás natural liquefeito importado.
Com relação aos municípios sergipanos que mais exportaram em 2024, compõem a lista Japaratuba, Estância e Boquim, e os que mais importaram foram Barra dos Coqueiros, Maruim e Rosário do Catete.
O principal país de destino e de origem foi a Holanda, considerado o principal comprador, respondendo por 32,2% do total das exportações, tendo ‘sucos de laranja, congelados, não fermentados’ como principal produto exportado. As importações, lideradas pelos Estados Unidos, com 25,7% do total, tiveram ‘gás natural, liquefeito’ como principal produto importado.
“Tanto o aumento das exportações quanto das importações indica aquecimento da economia sergipana. No primeiro caso, estamos vendendo mais para o exterior. É o caso de produtos como petróleo on shore e suco de laranja. E no segundo caso indicam que nossas indústrias estão precisando de mais insumos para aumentar a produção. É o caso do gás liquefeito e de insumos para fertilizantes”, analisou o subsecretário de Estudos e Pesquisas da Seplan, responsável pelo Observatório de Sergipe, Ciro Brasil.
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