A SPIC Brasil vai construir dois novos parques eólicos no Rio Grande do Norte (RN), o Paraíso Farol e Pedra de Amolar, ambos no município de Touros, a cerca de 85 km de Natal. Os dois empreendimentos vão demandar um investimento de R$ 755 milhões. Vão ser implantados 17 aerogeradores totalizando uma capacidade instalada de 105,4 megawatts (MW), energia suficiente para abastecer 280 mil residências populares por ano.
A empresa fez uma parceria com a Goldwind, que vai fornecer os aerogeradores a serem implantados nos novos parques. A fabricante dos equipamentos ficará responsável pela instalação e manutenção integral, por 30 anos, dos 17 aerogeradores (cada um com 6,2 MW de potência e um diâmetro de rotor de 182m), a partir da entrada em operação dos parques.
A montagem das turbinas para os parques eólicos da SPIC será a primeira entrega da recém-inaugurada fábrica da Goldwind instalada em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, na Bahia.“Os complexos eólicos no RN serão os primeiros instalados 100% pela SPIC no Brasil e ampliam nosso parque gerador de alta vocação renovável. Para instalarmos esse projeto com excelência, buscamos um parceiro com a mesma expertise da SPIC global”, afirmou a CEO da SPIC Brasil, Adriana Waltrick, se referindo a parceria com a Goldwind.
O parque Paraíso Farol receberá sete aerogeradores, com capacidade instalada de 43,4 MW. Já Pedra de Amolar vai contar com dez aerogeradores e capacidade instalada de 62 MW. As obras devem ser iniciadas a partir de janeiro de 2025. A expectativa é de que ambos os parques iniciem a sua operação em 2026, comercializando energia no mercado livre. Aproximadamente metade dos projetos serão financiados com equity do acionista e o restante a partir de dívida de longo prazo.
Atuação da SPIC do Brasil no NE
Este é o terceiro projeto eólico da SPIC no Brasil, que já opera outros dois parques na Paraíba – Millennium e Vale dos Ventos – que, juntos, possuem 58,2 MW de potência instalada, com uma capacidade para abastecer 100 mil residências populares por ano.
A SPIC do Brasil é uma subsidiária da multinacional chinesa SPIC, uma das grandes geradoras de energia eólica no mundo. Quando os novos complexos entrarem em operação, a SPIC Brasil totalizará mais de 4 GW (4.063,6 MW) de capacidade instalada no Brasil. Desse total, mais de 65% têm origem em fontes renováveis.
Os novos parques vão trazer um aumento de 1,9% na capacidade instalada atual da SPIC Brasil. Recentemente, a companhia anunciou a aquisição de 70% do Complexo Solar Luiz Gonzaga, localizado no município de Tera Nova, no sertão de Pernambuco.
Com ativos totalizando aproximadamente 4 GW (3.958,2 MW) no Brasil, a SPIC Brasil opera a Usina Hidrelétrica São Simão, e é acionista no maior complexo de gás natural da América Latina, GNA (Gás Natural Açu), em São João da Barra (RJ). Também detém uma participação majoritária de 70% nos Complexos Solares Marangatu (PI), Panati (CE).
A multinacional chinesa está presente em 47 países, com mais de 130 mil funcionários, 240 GW de capacidade instalada e investimento constante em renováveis.
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