O governo federal anunciou a inclusão de 393 novos blocos em alto-mar e terrestres de petróleo e gás natural no sistema de Oferta Permanente de Concessão, gerido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Do total, 126 blocos terrestres estão localizados no Nordeste brasileiro, região que ganha destaque pela relevância energética e pelo potencial de atrair investimentos.
Na Bahia, 96 blocos terrestres e cinco campos de acumulações marginais foram disponibilizados nas bacias do Recôncavo e Tucano. A Bahia é conhecida por sua tradição na produção terrestre de petróleo, com infraestrutura consolidada e proximidade com a Refinaria de Mataripe (RLAM), o que facilita a logística de produção.
Já na Bacia do Parnaíba, que abrange o Maranhão e o Piauí, 30 blocos foram incluídos na oferta. A região tem se consolidado como uma das principais produtoras de gás natural em terra firme no Brasil, com grande potencial para expansão, especialmente no abastecimento de indústrias e geração de energia.
Nordeste tem relevância em petróleo para a Petrobras
A Petrobras desempenha um papel estratégico na exploração do petróleo no Nordeste. Em Sergipe, os campos em águas profundas têm registrado aumento de produção, com crescimento de 15% nos últimos anos. A região também apresenta grande potencial para novas descobertas, fortalecendo sua relevância no mercado nacional.
Além disso, o Nordeste responde por aproximadamente 10% da produção de gás natural do Brasil, sendo o Maranhão uma das principais áreas produtoras. Esse cenário reforça a importância da região no contexto energético e demonstra como os novos blocos podem contribuir para o desenvolvimento econômico local.
Os blocos incluídos seguem o modelo de Oferta Permanente, no qual áreas exploratórias ficam disponíveis para empresas interessadas, que podem apresentar propostas em ciclos organizados pela ANP. Essa estratégia busca ampliar a competitividade, atrair capital privado e fomentar a exploração de recursos naturais em áreas ainda subutilizadas.
Com a inclusão desses 126 blocos no Nordeste, o governo pretende estimular a geração de emprego e renda, ao mesmo tempo em que fortalece a infraestrutura e as cadeias produtivas regionais, consolidando o papel estratégico da região na matriz energética brasileira.
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