O volume de serviços no Brasil teve alta de 1,1% em outubro deste ano, na comparação com setembro. Com o resultado, o setor atingiu patamar recorde na série histórica, iniciada em 2012, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro.
Na comparação com outubro de 2023, o setor cresceu 6,3%. Também foram observados avanços no acumulado dos dez primeiros meses de 2024 (3,2%) e no acumulado de 12 meses (2,7%).
A alta de setembro para outubro foi puxada principalmente pelo setor de transportes, que cresceu 4,1%. “O transporte aéreo exerceu o principal impacto positivo no mês em função da queda observada nos preços das passagens aéreas”, explica Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.
O crescimento do transporte aéreo chegou a 27,1% no período, enquanto os demais componentes dos serviços de transportes tiveram altas inferiores a 3%: terrestre (1,6%), aquaviário (0,7%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,6%).
Outro setor dos serviços que anotou expansão foi o dos serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%).
Queda
Apesar do crescimento médio do setor de serviços, três atividades tiveram queda de setembro para outubro: informação e comunicação (-1%); outros serviços (-1,4%) e serviços prestados às famílias (-0,1%).
A receita nominal dos serviços teve crescimento de 0,8% em relação a setembro, 9,6% na comparação com outubro de 2023, 7,8% no acumulado do ano e 7,4% no acumulado de 12 meses.
O índice de atividades turísticas aumentou 4,7% em volume ante setembro. Este é o segundo resultado positivo seguido e coloca o segmento de turismo 12,9% acima do patamar de fevereiro de 2020. É também o ponto mais alto da série, 4,4% acima do recorde anterior (junho deste ano).
Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE observa que “o transporte aéreo exerceu o principal impacto positivo no mês em função da queda observada nos preços das passagens aéreas”.
Volume por estados
Na série com ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu em 22 das 27 unidades da federação. Os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,2%), Rio Grande do Sul (5,1%) e Paraná (2,1%). Já o Rio de Janeiro (-1,8%) exerceu a principal influência negativa do mês, seguido por Amazonas (-4,2%) e Piauí (-3,5%). (O gerente da PMS do IBGE lembra que “a queda do volume de serviços no Rio está correlacionada à forte alta verificada no mês de setembro, no segmento de espetáculos teatrais e musicais, em função da realização do Rock in Rio”.
Frente a outubro de 2023, houve altas em 22 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (8,6%), seguido por Paraná (9,3%), Santa Catarina (12,7%) e Rio de Janeiro (2,5%). Pelo lado das quedas, o Rio Grande do Sul (-3,8%) se destacou, seguido por Mato Grosso (-2,9%) e Mato Grosso do Sul (-4,1%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, houve altas em 20 das 27 unidades da federação. O principal impacto positivo veio de São Paulo (4,9%), seguido por Rio de Janeiro (3,5%), Santa Catarina (6,5%), Paraná (4,1%) e Minas Gerais (1,9%). Já as influências negativas mais importantes vieram do Rio Grande do Sul (-7,3%) e Mato Grosso (-9,0%).
Atividades turísticas
Em outubro de 2024, o volume de atividades turísticas no país cresceu 4,7% frente a setembro. Com isso, o segmento de turismo está 12,9% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renova o ponto mais alto da série, superando em 4,4% o mês de junho de 2024, antigo ápice.
Ainda na série com ajuste sazonal, essas atividades cresceram em 16 dos 17 locais pesquisados, com destaque para São Paulo (8,5%), seguido por Pernambuco (8,7%), Bahia (4,8%), Ceará (10,8%) e Distrito Federal (6,6%). Em sentido oposto, apenas o Rio de Janeiro (-6,5%) assinalou recuo nas atividades turísticas.
Frente a outubro de 2023, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 8,5%, quinto resultado positivo seguido. Nessa comparação se destacaram as empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; serviços de bufê; espetáculos teatrais e musicais; e agências de viagens.
Em termos regionais, 14 das 16 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (9,6%), seguido por Rio de Janeiro (9,0%), Santa Catarina (19,0%), Paraná (12,7%) e Bahia (8,3%). Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-12,9%) exerceu o principal impacto negativo do mês, seguido por Mato Grosso (-5,3%) e Alagoas (-0,6%)
Para Rodrigo Lobo, “a forte alta das atividades turísticas no mês de outubro está correlacionada ao aumento das receitas provenientes do transporte aéreo e de restaurantes”.
Transportes de passageiros e de cargas
O volume de transporte de passageiros no Brasil cresceu 8,7% em outubro, frente a setembro, na série com ajuste sazonal, elevando este segmento a um patamar 10,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), embora 14,4% abaixo do ponto mais alto da série histórica, que foi atingido em de fevereiro de 2014.
Já o transporte de cargas cresceu 1,5%, ficando 5,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023) e 35,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro 2020).
Na comparação com outubro de 2023, o transporte de passageiros cresceu 19,4%, seu maior resultado desde setembro de 2022 (22,8%). Já o transporte de cargas avançou 1,5%, interrompendo uma sequência de cinco taxas negativas.
No acumulado do ano, o transporte de passageiros cresceu 0,8% frente a igual período de 2023, enquanto o de cargas recuou 2,2% no mesmo período.
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