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Goldwing da Bahia entrega 1ª peça de aerogerador fabricada fora da China

Segundo a Goldwing, a nacelle - compartimento central do gerador eólico - foi produzida em tempo recorde
Goldwing Bahia 1º aerogerador nacelle fora da China
Fábrica pioneira da Goldwing fora da China entregou a sua primeira nacelle, compartimento central do gerador eólico. Foto: Goldwing/Divulgação

A unidade industrial da Goldwind, localizada em Camaçari, na Bahia, finalizou a construção de sua primeira nacelle, peça central de uma torre eólica. Essa é primeira vez em que o compartimento foi construído numa indústria não chinesa da companhia. A fabricação seguiu as regras e protocolos estabelecidos pelo BNDES Finame, e reforça o potencial eólico do estado. O anúncio foi feito pelo vice-presidente da multinacional chinesa no Brasil, Roberto Veiga e pelo gerente da planta, Maurício Froner, em visita à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A nacelle é o compartimento central do gerador eólico, localizado no alto da torre e que abriga todo o mecanismo do gerador de energia eólica em elétrica. O componente se fixa ao rotor, elemento de fixação das pás eólicas, que captam o vento, convertendo sua potência. Segundo a companhia, a peça foi fabricada em tempo recorde e foi a primeira feita fora de solo chinês.

“Recebemos com muita alegria a notícia de que a fábrica da Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas do mundo, com sua primeira unidade de fabricação de aerogeradores fora da China, entregou o seu primeiro componente”, declarou o secretário de Desenvolvimento Econômico Angelo Almeida.

“Esse avanço não só reduz emissões de gases de efeito estufa, como também promove o desenvolvimento econômico e social, especialmente no semiárido, onde se concentram os parques eólicos”, concluiu o secretário.

Atualmente, a Bahia é líder nacional na geração de energia eólica e capacidade instalada. Isso se mostra pelos dados da de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que indicam que o estado foi responsável por mais de 35% da geração total de energia eólica do país até setembro de 2024.

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“A Bahia possui 95% de sua matriz elétrica baseada em fontes renováveis, com destaque para a fonte eólica, com 52% da potência instalada do estado. A Bahia tem liderado a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição energética, que além de estimular o desenvolvimento econômico e social, gera empregos e promove a inclusão social em áreas historicamente menos favorecidas”, disse Angelo Almeida.

No momento são 354 usinas em operação, em 35 municípios, superando 10,5 gigawatts (GW) de potência instalada. resultado de um investimento superior a R$ 50 bilhões. São 28 usinas em construção, que adicionarão 1,3 GW à capacidade do estado, somando mais R$ 6 bilhões em investimentos. Outras 216 usinas estão em construção não iniciada, com previsão de gerar 8,6 GW e entrar em operação até 2030, com investimentos estimados em R$ 55 bilhões.

“O estado tem um potencial eólico enorme, quase 70% dele está aqui. O apoio institucional do governo baiano e as tratativas na atração de investimentos, mostrando que o estado teria todas as condições de nos apoiar, os incentivos estaduais, provando que o investimento daria retorno, foram fundamentais para a nossa escolha”, afirmou o vice-presidente da Goldwind.

Goldwing no Brasil

A empresa chinesa Goldwind, fundada inicialmente em 1985 como uma empresa estatal, é uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas no mundo. Atualmente a companhia tem mais de 53 mil turbinas em operação em mais de 42 países ao redor de 6 continentes, que somadas tem uma capacidade instalada acumulada de mais de 128 GW.

Na Bahia, em agosto de 2024, o grupo inaugurou sua primeira fábrica fora de território chinês. Localizada em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, a unidade pode produzir até 150 turbinas por ano e gerar até 100 empregos diretos. Além disso, a companhia prevê um investimento de R$ 100 milhões no empreendimento que se instalou no antigo complexo da General Eletric (GE).

*Com informações do Governo da Bahia

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