Aproximadamente R$ 48 milhões serão investidos na infraestrutura do turismo em pelo menos oito unidades de conservação (UCs) piauienses a partir do final de 2025. O aporte faz parte do programa Piauí Verde e Sustentável (PVS) e será feito pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) pretendendo fomentar o turismo sustentável na região.
O plano foi debatido por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e equipes da AFD, buscando finalizar os ajustes do PVS antes de sua submissão à avaliação do Comitê de Crédito da empresa financiadora. O investimento está em fase de análise pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), segundo Rochelle Martins, assessora de Planejamento e Gestão da Semarh.
Uma missão, realizada entre final de setembro e início de outubro, dividida em duas viagens simultâneas pelo estado, buscou acompanhar os consultores da ICare, contratados pela AFD, na avaliação de locais estratégicos de intervenção propostos pelo programa.
O planejamento indica que o investimento será feito em pelo menos oito UCs, onde quatro delas são estaduais e quatro são federais. As estaduais são a Serra de Santo Antônio, o Parque do Rangel, o Cânion do Rio Poti e a Cachoeira do Urubu. Já as federais são a Serra da Capivara, a APA do Delta do Parnaíba, as Sete Cidades e o Parque das Nascentes do Rio Parnaíba.
Utilização sustentável dos recursos
As unidades de conservação são áreas de natureza que são protegidas pela presença de características específicas e únicas. O papel das UCs é assegurar a representação de áreas relevantes e ecologicamente equilibradas, protegendo o patrimônio natural que já existe. Elas asseguram às comunidades tradicionais a utilização sustentável dos recursos naturais de maneira consciente e ainda favorecem o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis para as populações vizinhas.
A Agência Francesa de Desenvolvimento é uma empresa pública francesa que visa colocar em prática de modo internacional a política francesa de desenvolvimento. Essa ação é feita a partir de financiamentos e empréstimos para coletividades locais, empresas, fundações ou ONGs, e permitem realizar programas numa série de campos: clima, biodiversidade, energia, educação, turismo, urbanismo, saúde, tecnologia digital, esporte.
A AFD já tem experiência no Piauí, já que um de seus programas foi feito no estado. Um programa iniciado em 2014 e finalizado em 2018 financiou, em parceria com o BNDES, cinco parques eólicos piauienses com uma capacidade de 29,6 MW cada.
Leia mais: Brasil é 1º do mundo em turismo de aventura: confira 6 roteiros no NE