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Concluída venda da participação da Brennand Cimentos na CNC

Com a aquisição da CNC, a Buzzi passa a ter uma posição estratégica no Brasil, ao lado da CSN Cimentos, de Benjamin Steinbruch
CNC
Unidade da Cimento Nacional /Foto: produção do site

A Buzzi SpA (novo nome da Buzzi Unicem) concluiu nesta quinta-feira (03) a compra de 50% da participação da sua sócia Brennand Cimentos na Companhia Nacional de Cimentos (CNC), uma joint venture através da qual a italiana vinha operando no Brasil desde 2018 detendo os outros 50% da operação. A transação, que envolveu de R$ 1,7 bilhão, e obteve a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A companhia possui cinco fábricas de cimentos totalmente integradas e dois centros de moagem, com capacidade de produção de 7,2 milhões de toneladas e teve receita líquida de R$ 90,3 milhões no primeiro trimestre de 2024. A transação teve início em junho passado.

Essa foi mais uma operação de venda no setor cimenteiro brasileiro. Desde 2020, o mercado vem assistindo transações dessa natureza, quando as franco-suíça LafargeHolcim e a irlandesa CRH decidiram deixar o Brasil. Na ocasião, a CSN Cimentos, do empresário Benjamin Steinbruch, adquiriu a CRH por US$ 218 milhões. No ano seguinte, em situação financeira difícil, a Cimentos Elizabeth foi posta à venda, uma operação seguida de outra, envolvendo a InterCement.

Setor de cimento em má fase

Benjamin Steinbruch. Até 2018, as vendas acumularam queda de 30%. Isso levou a paralisação de 20 fábricas. Dados do Estadão Conteúdo apontam que a ociosidade atinge 35% da capacidade total de produção desse setor, algo em torno de 94 milhões de toneladas. Isso levou o Brasil a praticar um dos preços mais baixos na América Latina para a toneladas de cimento em dólar, cerca de US$ 56 contra os US$ 80 praticados em países do continente.

Com a aquisição da CNC, a Buzzi passa a ter uma posição estratégica no Brasil, ao lado da CSN Cimentos. Analistas do setor esperam novas transações de compra e vendas no setor no curto prazo.

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