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Educação financeira para herdeiros em sucessão familiar

O aprendizado deve ser contínuo e se adaptar conforme as responsabilidades dos herdeiros aumentam
Silvinei Toffanin e Marcia Abreu
Marcia Abreu e Silvinei Toffanin/Foto: divulgação


Márcia Abreu e Silvinei Toffanin*

Planejar a sucessão familiar envolve uma série de aspectos. Um deles, apesar de parecer óbvio, implica a preparação dos herdeiros em relação à educação financeira, uma ferramenta essencial para garantir a perpetuação e o crescimento do patrimônio familiar.

Investir tempo e recursos na formação dos futuros gestores é uma decisão estratégica. Somente ao adquirir uma gama completa de conhecimentos na área, eles serão capazes de tomar decisões cruciais, especialmente no caso do Brasil, onde precisamos lidar com os mais diversos desafios fiscais e administrativos. Além disso, um herdeiro financeiramente consciente estará mais preparado para enfrentar obstáculos e aproveitar oportunidades.

A falta de conhecimento relacionado ao planejamento estratégico das finanças e como lidar com situações financeiras complexas, pode levar a perdas significativas de patrimônio. Por isso, educar financeiramente os herdeiros é tarefa essencial para a continuidade dos negócios e, claro, para a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis.

O processo de instrução dos herdeiros pode e deve começar ainda na infância. Jogos educativos que envolvam a gestão do dinheiro podem ser excelentes maneiras de introduzir conceitos de finanças mais básicos. Com o amadurecimento intelectual, será possível passar a temas mais profundos, como a importância do crédito, gestão de dívidas e à questão dos impostos.

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O aprendizado deve ser contínuo e se adaptar conforme as responsabilidades dos herdeiros aumentam. É fundamental, por exemplo, que eles saibam diversificar investimentos, compreender as movimentações do mercado financeiro, que tenham a capacidade de criar planejamentos financeiros, entender sobre os diferentes ativos disponíveis no mercado e como administrar cada um, além de ter capacidade de avaliar riscos e retornos de cada tipo de investimento e como constituir um portfólio equilibrado.

É claro que pode haver resistência por parte do herdeiro ao aprendizado desses temas. Eles realmente são complexos, então é comum que isso aconteça, especialmente nos casos daquele que não têm envolvimento direto na gestão da empresa. Porém, é essencial que estratégias sejam traçadas a fim de alcançar esse objetivo. Investir na formação financeira dos sucessores será primordial para garantir a continuidade do legado deixado pela família.

Com a formação adequada e, se necessário, com o auxílio de um conselheiro que possa ser consultado continuamente, os herdeiros poderão garantir o alinhamento adequado da empresa em relação às necessidades dos clientes atendidos, bem como da própria companhia e de seus colaboradores.

*Márcia Abreu e Silvinei Toffanin são sócios da DIRETO Group

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