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“A casa do hidrogênio verde no mundo será o Ceará”, disse governador em evento

De fevereiro até agora, foram atraídas dez empresas interessadas em produzir o combustível do futuro no Porto do Pecém. Da redação com Agência do Estado do Ceará “A casa do hidrogênio verde no mundo será o Ceará e nós vamos trabalhar fortemente para isso”, garantiu o governador Camilo Santana, nesta quinta-feira (14), durante a abertura […]

De fevereiro até agora, foram atraídas dez empresas interessadas em produzir o combustível do futuro no Porto do Pecém.

Da redação com Agência do Estado do Ceará

“A casa do hidrogênio verde no mundo será o Ceará e nós vamos trabalhar fortemente para isso”, garantiu o governador Camilo Santana, nesta quinta-feira (14), durante a abertura do Seminário Internacional Hidrogênio Verde no Ceará, realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

Governador Camilo Santana: “Ceará será a casa do H2V“/ Fotos: Carlos Gibaja e Helene Santos

O encontro acontece um dia depois de o governador fazer transmissão nas redes sociais para anunciar quatro novos protocolos com indústrias que pretendem produzir Hidrogênio Verde no Ceará – Eneva, Diferencial, Hytron e H2Hellium, todas brasileiras.

O Hidrogênio Verde é considerado o combustível do futuro e o Ceará lançou, em fevereiro passado, o projeto de um Hub de H2V, numa iniciativa em parceria com a federação das indústrias do estado, a Fiec, Universidade Federal do Ceará (UFC) e Complexo do Pecém (CIPP S/A).

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A proposta é fazer do estado um fornecedor global desse tipo de combustível, contribuindo para a redução dos níveis de CO2. Para isso, foi criado, por meio de Decreto, um Grupo de Trabalho com representantes de secretarias de Estado, Complexo do Pecém (CIPP S/A), Fiec e UFC que juntos colaboram para fortalecer a cadeia do hidrogênio verde no Ceará.

E, de fevereiro até agora, foram atraídas dez empresas interessadas em produzir o combustível do futuro no Porto do Pecém. As australianas Energix Energy e Fortscue, a francesa Qair, a White Martins e Neoenergia comunicaram interesse entre os meses de fevereiro e setembro. A EDP anunciou no mês passado a primeira usina de H2V do Ceará que já deve iniciar operação em 2022.

De acordo com o estudo “Scaling Up”, do Hydrogen Council, até 2050 o hidrogênio vai representar 18% de toda a energia consumida em todo o mundo.

O tema H2V reuniu especialistas nacionais e internacionais nesta quinta, em Fortaleza, /Fotos:Carlos Gibaja e Helene Santos – Fotos

No evento desta quinta-feira, o tema reuniu especialistas nacionais e internacionais, incluindo o embaixador da União Europeia, Ignácio Ybánez, além de representantes de multinacionais e instituições que já atuam no desenvolvimento de fontes de energia renovável a nível regional e mundial.

Para o embaixador da União Europeia, o diálogo proposto colabora para uma pactuação e reflexão coletiva direcionada às mudanças climáticas e a proteção do meio ambiente. “O momento não poderia ser mais propício para lançar um encontro estratégico em um super ano para o clima, com vista na COP 2026, em Glasgow, sobre mudanças climáticas, e na COP 2015, em Kunming, sobre biodiversidade. Os dois eventos vão ser uma oportunidade crucial para a comunidade internacional se juntar e assumir medidas concretas para conter as alterações climáticas. O Brasil e a União Europeia serão parceiros-chave para as negociações”, avaliou Ybánez.

O Ceará, segundo o embaixador, é um dos protagonistas nesse contexto de descarbonização e digitalização da economia mundial. “O zero líquido [relacionado à emissão de dióxido de carbono] é uma oportunidade tão grande de transformação econômica tanto aqui no Brasil como ali, na União Europeia. E os estados como Ceará desempenham um papel importante fundamental na definição de suas próprias políticas de transição energética”, complementou.

“Compreendemos que o hidrogênio verde pode ter um papel de transformar, do ponto de vista das mudanças climáticas e dos acordos internacionais, e contribuir para o planeta, mas também a nossa estratégia é de redução da pobreza. Porque, a partir do momento em que a gente cria uma estratégia de gerar energia solar lá no Interior, para que ele possa atender essa demanda da energia de hidrogênio, conseguimos desconcentrar e reduzir a pobreza”, justificou Camilo Santana.

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