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Greve de ônibus derruba em 50% as vendas do comércio no centro do Recife

O transporte público é o principal meio condutor de pessoas ao centro do Recife
Comércio do centro do Recife
A greve dos rodoviários diminuiu a quantidade de pessoas circulando, principalmente no Centro do Recife. Foto:Assessoria de imprensa da CDL-Recife.

As vendas no Recife e, com foco principalmente no centro da capital pernambucana, podem ter uma redução de 50% das vendas durante a greve dos rodoviários, segundo uma projeção feita pela Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife). A estimativa foi feita depois de dois dias de uma paralisação que provocou o esvaziamento das ruas, principalmente no centro da capital pernambucana. Na noite desta terça-feira (13), os rodoviários e a Urbana-PE, que representa os donos das empresas, chegaram a um acordo e os motoristas decidiram pelo fim da paralisação iniciada na segunda-feira (12).

“Não há como mensurar (a queda das vendas) em valores em real. Sabemos que o transporte publico é o principal meio condutor de pessoas ao Centro do Recife”, diz o presidente da CDL-Recife, Fred Leal.

Segundo o empresário, durante a greve, cada lojista alinhou com seus colaboradores a forma de trabalho, horários, rotinas e condução de ida e volta do trabalho. “Há estabelecimentos que também vendem pela internet como forma de movimentar seus negócios”, comenta Fred Leal. E acrescenta: “a CDL Recife aguarda entendimentos e resolução pelos órgãos competentes envolvidos”. O percentual de comerciantes que usam o e-commerce para vender é baixo em muitas lojas do centro do Recife.

rafael lima - Fecomércio
Economista da Fecomércio-PE Rafael Lima diz que a greve vai provocar queda nas vendas das empresas, principalmente nas do centro da capital pernambucana. Foto: Divulgação/Fecomércio-PE.

O impacto da greve

Economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Lima, diz que ainda é muito cedo pra ter números sobre o impacto da paralisação, mas a greve vai se refletir na queda do volume de vendas das empresas, principalmente do comércio localizado no Centro do Recife. “O consumidor não vai chegar lá neste período tão conturbado que é a greve”, afirma o especialista. Durante a paralisação, pelo menos três ônibus foram depredados e uma senhora ficou machucada por causa de vândalos que jogaram uma pedra que atingiu a passageira.

Ele acredita que a queda no volume de vendas vai atingir também, numa proporção menor, os shoppings da cidade. Os grandes centros de compras fortaleceram o seu e-commerce depois da pandemia do coronavírus.

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“Por outro lado, acontecerá um aumento da demanda por serviços como táxis e transporte por aplicativo”, explica Rafael. Já com relação ao impacto da greve no funcionamento das empresas, Rafael argumenta que é difícil estimar porque há novos tipos de trabalho, como o remoto. “Há empresas que fazem home office, mas outras como a do vuco, que não têm condições do funcionário ficar trabalhando de casa”, conclui. Uma das regiões que têm o comércio muito expressivo no Centro do Recife é conhecida como vuco-vuco e fica no Bairro de São José, no centro da capital pernambucana.

A greve dos rodoviários deixou 1,2 milhão de pessoas sem transporte durante dois dias. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região ordenou, na segunda-feira (12), o que o Sindicato dos Rodoviários garanta a circulação de, no mínimo, 60% dos ônibus durante o horário de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e de 40% nos demais horários, sob pena de receber multas diárias de R$ 30 mil.

*Com informações da Agência Brasil

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