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Bilhete Único para ônibus agrada, mas também preocupa empresários

Medida traz alívio para bolso do trabalhador que depende de ônibus.
ônibus
Tarifas serão unificadas em março/Foto: Grande Recife Consórcio de Transporte

Matéria atualizada às 8h30.

A decisão do Conselho de Transporte Metropolitano (CTM) de acatar a sugestão do Governo de Pernambuco para criação do Bilhete Único de R$ 4,10 para ônibus da Região Metropolitana foi recebida com entusiasmo e preocupação pelo setor empresarial.

A decisão foi tomada em reunião na manhã desta quinta-feira (22) e contemplou ainda a negativa para o aumento de passagens para o ano de 2024.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, reagiu à medida dizendo que é algo bom por um lado, mas gera preocupação por outro. “O congelamento do preço das passagens traz alívio para trabalhadores e empresas. No entanto, nos preocupa o subsídio para a tarifa unificada. Qualquer atividade subsidiada tem que ser bem estruturada para não se tornar saída descontrolada de recursos dos cofres públicos “, alertou.

Para bancar a unificação de tarifas, o governo deve subsidiar a operação em R$ 60 milhões, no mínimo. A medida elimina a tarifa do Anel B, que abrange cerca de 15% dos usuários e tem custo de R$ 5,60. Assim, a partir do dia 3 de março, os anéis A e B passam a ter a mesma tarifa de R$ 4,10. Com o novo Bilhete Único Metropolitano, o passageiro poderá realizar até cinco embarques em duas horas de utilização nas linhas integradas.

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Para os trabalhadores, a medida traz mais chances de contratações. “Nós sabemos que há muitas empresas que recusam trabalhadores que moram longe porque as tarifas do Anel B são mais caras. A medida vai beneficiar essas pessoas”, disse o presidente da Fiepe.

Para a Fecomércio, a iniciativa representa um avanço na promoção da mobilidade urbana e no estímulo à atividade econômica da região. Em nota, a entidade disse que “o bilhete único traz benefícios tanto para os trabalhadores quanto para os consumidores que dependem do transporte público em seu dia a dia. Além disso, a decisão de manter a tarifa inalterada é adequada”.

Ônibus e seus problemas

No entanto, a entidade ressalta que dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) mostram que os principais problemas de deslocamentos via transporte público são: preço da passagem, tempo de viagem, falta de conforto e irregularidade do serviço. “Para além disso, entendemos que o Governo Estadual também deve direcionar esforços para modernizar os equipamentos e monitoramento dos transportes para dar o devido conforto aos usuários”, ressalta a nota.

A Fecomércio entende que é importante haver incentivo e investimentos em outros modelos de transporte, a fim de diversificar as opções disponíveis e promover uma concorrência saudável com o modelo rodoviário tradicional. “Acreditamos que tais investimentos em infraestrutura devem ser conduzidos por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas”, diz a nota.

A Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco), também em nota, disse que apoia a nova política tarifária anunciada pelo Governo de Pernambuco e que votou favoravelmente à proposta apresentada no Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). “A medida representa um importante avanço para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) e poderá contribuir para a recuperação da demanda pelo serviço. Alertamos, porém, que essa medida deverá ser apoiada por mecanismos que confiram previsibilidade e segurança ao custeio do sistema de forma a assegurar que a operação não seja impactada.

Diante desses fatos, a Urbana-PE reitera que parabeniza a iniciativa do Governo de Pernambuco e que apoia a nova política tarifária, sobretudo diante do compromisso assumido pelo GRCT (Grande Recife Consórcio de Transporte – empresa gestora do transporte público da RMR) durante a reunião do CSTM de adotar os mecanismos necessários para garantia dos subsídios antes da implementação do bilhete único”. 

Abrasel

Para o presidente da Abrasel, Tony Souza, a decisão de unificar as tarifas de ônibus, eliminando o anel B e mantendo apenas o anel A, é uma notícia recebida com “grande entusiasmo”. “Para nós, donos de bares e restaurantes, essa medida se traduz em uma redução direta de custos. Mas vai além: representa um avanço significativo em termos de inclusão e acessibilidade. Muitas vezes, as pessoas que vivem mais distantes são preteridas em oportunidades de emprego devido ao alto custo do transporte. Essa mudança amplia o acesso ao mercado de trabalho, permitindo que mais pessoas possam participar ativamente da nossa economia local”, disse.

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