Agência Brasil – FOTO: Miguel Ângelo/CNI
O Brasil bateu, no mês de julho, dez recordes de produção de energia de fontes renováveis na região Nordeste, segundo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Foram quatro recordes de geração eólica média e quatro de geração instantânea, além de dois recordes de produção de energia solar.
O Ministério de Minas e Energia destacou o índice registrado em 22 de julho, quando, pela primeira vez, a força dos ventos gerou energia capaz de abastecer 102% do Nordeste durante 24 horas. Só naquele dia foram produzidos mais de 11 mil megawatts médios de energia eólica.
De acordo com o diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos do ministério, André Osório, essas duas maneiras de gerar energia fazem parte da matriz energética renovável do país. Para ele, essas formas de produzir sem esgotar a fonte de energia é predominante e deve continuar assim.
“A participação das fontes renováveis na matriz elétrica deve continuar acima de 80% até 2030, chegando a cerca de 85% em 2050. Tais resultados serão alcançados, em boa medida, com o aproveitamento, pelo país, de seus potenciais eólico, solar e de biomassa”, disse Osório.
Esse período que vai até novembro é conhecido como safra dos ventos. Segundo o ONS, a energia eólica hoje representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 13,6% ao fim de 2025.
Já a energia solar representa 2% da matriz, com expectativa de atingir 2,9% até o fim deste ano. No dia 30 de julho, foi registrado o novo recorde de geração solar média, com o acúmulo de 682 megawatt médios em apenas 24 horas. Essa quantidade corresponde a 5,8% da demanda da Região Nordeste.
O Ministério de Minas e Energia, segundo André Osório, planeja investir R$ 2 trilhões e R$ 700 bilhões para garantir a expansão da produção de energia renovável pelos próximos 10 anos.