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Ministro Alexandre de Moraes decreta prisão do ex-secretário do DF, Anderson Torres

Torres estaria fora do DF, viajando, com a família no exterior e, caso não se entregue, poderá tornar-se um procurado pela Interpol
A decisão do ministro Alexandre de Moraes é baseada na atuação do ex-secretário de segurança do DF, que não teria evitado os ataques aos prédios dos Três Poderes ocorridos no domingo (10). Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou na tarde desta terça-feira (10) a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal coronel Fábio Augusto Vieira, e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. A decisão tem relação com os ataques de invasores bolsonaristas aos prédios do Congresso, Palácio do Planalto e Suprema Corte, ocorridos no último domingo (8).

Ambos já haviam sido afastados das funções após os atos criminosos por suspeita de envolvimento ou negligência na atuação de combate e prevenção das invasões. O ex-ministro informou à imprensa que está em viagem de férias na Florida, nos Estados Unidos. Mesmo assim, policiais federais foram mandados à casa de Torres, em Brasília, logo após a determinação do ministro Alexandre de Moraes. O esperado é que Anderson Torres se entregue voluntariamente à justiça brasileira. Do contrário, está passível de ter seu nome incluído na lista de procurados da Interpol.

Quem é Torres?

Anderson Gustavo Torres tem 45 anos e é delegado da Polícia Federal de carreira. Ele havia assumido o cargo de secretário de segurança do DF no último dia 02 de janeiro. Até 31 de dezembro de 2022 era o ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo Bolsonaro – função que ocupou desde 2021 e anteriormente, já havia sido secretário da mesma pasta no DF.

Natural de Brasília (DF), tem vasta experiência em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica. Em 2019, implementou o DF Mais Seguro, atual política de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal.

Formado em Direito, Anderson Torres coordenou as principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005. Em sua trajetória, coordenou investigações e operações policiais voltadas ao controle de precursores químicos desviados para a produção de drogas no Brasil e na América do Sul e atuou, entre 2007 e 2008, como responsável pela atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

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A atuação de Torres à frente do ministério foi criticada em dezembro do ano passado, quando, no dia 12, data da diplomação do presidente Lula, teria adotado uma postura omissa diante dos atos de manifestantes bolsonaristas, que depredaram a capital federal, ateando fogo em carros e ônibus, sem serem punidos.

Relembre o ataque aos prédios dos Três Poderes

No último domingo (8), bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto,  num ataque sem precedentes à democracia brasileira. Os terroristas quebraram, vandalizaram e roubaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes, rasgaram documentos, roubaram armas, quebraram vidraças, mobiliário e também espalharam fezes e urina pelos prédios públicos tombados.

Logo após os crimes, além do afastamento de Anderson Torres da secretaria de segurança pública do DF, foi decretada intervenção federal na segurança pública do estado e o governador Ibaneis Rocha também foi afastado. Centenas de pessoas foram presas (os números exatos são atualizados a todo o momento) e estão sendo ouvidas e triadas pela polícia federal do DF, que empreendeu um esforço de capital humano para fazer este trabalho, que já dura mais de vinte e quatro horas.

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