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CCEE aponta estabilidade no consumo de energia na primeira metade de setembro

O clima mais ameno derrubou o consumo em regiões como Rio Grande do Norte (-11%) e Rio de Janeiro (-8%).
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Destaque foi os avanços de 64% e de 16,8% das usinas solar e eólica, respectivamente/Foto: Jamil Bittar/ABR

O consumo de energia elétrica no Brasil se manteve estável na primeira quinzena de setembro, segundo dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE. O país demandou 65.090 megawatts médios (MWm), praticamente o mesmo volume utilizado no mesmo período do ano passado. 

Apesar da estabilidade, o mercado livre, no qual a indústria e grandes redes de comércio e serviço contratam o seu fornecimento, consumiu 22.957 MW médios, montante 2,3% maior no comparativo anual e que corresponde a cerca de 35% de toda a energia utilizada pelo país.  

Em contrapartida, no mercado regulado, em que as residências e pequenas empresas compram o insumo por meio das distribuidoras, houve queda de 1,2% frente a igual período de 2021. O resultado se explica pela menor temperatura no período em boa parte dos principais centros de consumo de energia no país, em relação ao ano passado. 

Como a migração de consumidores entre esses dois ambientes afeta diretamente os resultados, a CCEE também faz a medição desconsiderando as cargas que mudaram de segmento nos últimos 12 meses. Neste cenário, haveria estabilidade em ambos os mercados. 

Outro fator que pode interferir nos dados é a micro e minigeração distribuída, ou seja, os painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e empresas, que reduzem a demanda da rede de distribuição. Se não houvesse esse tipo de sistema, haveria um crescimento de 1,3% no volume demandado pelo mercado regulado.

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Consumo de energia elétrica na primeira quinzena de setembro | 2022 X 2021

Consumo por ramos de atividade econômica

Entre os 15 setores da economia monitorados pela CCEE, desconsiderando o efeito de migração, os maiores avanços foram observados nos ramos de Extração de Minerais Metálicos (10,1%), Madeira, Papel e Celulose (6,2%) e Saneamento (3,4%). Entre as áreas que tiveram maior declínio estão Comércio (-9,1%), Têxteis (-7,7%) e Telecomunicações (-7,3%).

Consumo regional

O cenário meteorológico foi um dos principais fatores que influenciaram o uso de energia elétrica nos estados brasileiros. No Maranhão (+24%) e em Rondônia (+19%), por exemplo, temperaturas mais altas que as registradas no mesmo período do ano passado aumentaram a necessidade de uso de equipamentos de refrigeração. Em contrapartida, o clima mais ameno derrubou o consumo em regiões como Rio Grande do Norte (-11%) e Rio de Janeiro (-8%).

Geração de energia

A recuperação dos reservatórios de água mais uma vez levou a um aumento da geração hidrelétrica para o Sistema Interligado Nacional — SIN. A fonte produziu 44.493 MW médios nas duas primeiras semanas de setembro, alta de 27,7% frente ao mesmo período de 2021. Enquanto isso, as termelétricas recuaram em 56,9%.

Destaque para avanços de 64% e de 16,8% das usinas solar e eólica, respectivamente. De janeiro até setembro, a geração por fontes renováveis representou 92% de tudo o que foi produzido no país.

*Fonte:  Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE 

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