Por Bruna Albuquerque*
ESG é a sigla para Ambiental, Social e Governança em inglês (Environmental, Social and Governance). Na prática, é uma análise holística dos indicadores de desempenho do negócio para além das questões financeiras. Essas três letrinhas você já deve ter ouvido falar, imagino que deve ter se perguntado do que se trata.
Fortemente influenciada pela experiência na bolsa de valores, a sigla revela a demanda global por negócios mais responsáveis, éticos e transparentes, o famoso dever de prestar contas ou accountability dos negócios para a sociedade, clientes, investidores e o Planeta.
Assim, no lugar de medirmos se um negócio vai bem apenas olhando para o lucro ou informações financeiras, passamos a medir o desempenho com base em indicadores que contemplem as três áreas.
É sobre ser responsável e demonstrar as melhores práticas através de indicadores e metas verificáveis, afinal de contas, hoje mais do que nunca, vemos a necessidade em materializar o discurso da sustentabilidade para que não fique apenas no blá blá blá.
Através dessa análise é possível compreender quais os pontos de atenção e em quais áreas o negócio melhor desempenha. A moldura para definição dos indicadores vai depender das características do negócio ou setor, porém trazemos aqui alguns exemplos de indicadores nos 3 eixos:
Ambiental >> consumo de água, consumo de energia elétrica, gases de efeito estufa, reciclagem, qualidade do ar, eficiência energética de aparelhos.
Social >> número de novas vagas, rotatividade de trabalhadores, pesquisa demográfica, diversidade e inclusão social.
Governança >> Relatórios de impacto, Análise de materialidade de impactos, mapeamento de partes interessadas, diagnóstico da organização, forma de gestão, compliance.
Através de uma avaliação geral da organização poderemos monitorar e estabelecer metas nos 3 eixos para entender quão bem o negócio está desempenhando, além de estabelecer os caminhos que podemos traçar para alcançar os objetivos desejados.
Como resultado desse esforço, percebemos alguns benefícios como diminuição de custos, maior eficiência socioambiental, trabalhadores engajados, clientes que apoiam e defendem a sua marca, tornar-se referência de mercado e inclusive o aumento da receita pela gestão inteligente e otimizada dos recursos, além de aumentar a resiliência da empresa o que é fundamental frente aos desafios do nosso tempo.
*Bruna Albuquerque é advogada especialista em Gestão Ambiental. Consultora em sustentabilidade e triplo impacto positivo. Agente de soluções que geram impactos positivos.