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Fabiana Lima: Quais os limites do home office?

Já existem indícios que o trabalho remoto está causando mais estresse e carga horária maior, em virtude da falta de estrutura para o trabalho em casa

Por Fabiana Lima*

Fabiana Lima

Que o trabalho remoto já é uma realidade nas empresas, isso ninguém discute, mas o  prolongamento da Pandemia e às incertezas que ainda perduram estão fazendo com que 34% das empresas já se organizem para só retomar as atividades em 2022. Apesar de que 66% já retomaram de forma hibrida, segundo Pesquisa da KPMG. A Consultoria vem realizando este levantamento desde 2020, no início da Pandemia. Esta é a quinta edição que foi realizada com 361 empresas em março/21.

Segundo pesquisa realizada também pela Fundação Dom Cabral, em 2020, 86% das empresas devem manter o home office pós pandemia, significando que o trabalho remoto é um fato e veio pra ficar. O retorno das atividades no mundo do trabalho depende do avanço da vacinação e do combate, cada vez mais, eficiente das novas variantes da COVID-19.

Por isso, as discussões sobre o formato deste trabalho, devem ser priorizadas, pois ainda não existe uma lei aprovada que determine as responsabilidades entre empresas e empregados remotos, apenas existe uma determinação que empresas e funcionários devem estabelecer contratos individuais com os termos do teletrabalho.

O que existe é o projeto de lei (PL) 612/2021 que altera a legislação trabalhista (CLT) para regulamentar o trabalho remoto ou em domicílio dos empregados no Brasil, cujo objetivo desta proposta é diminuir os conflitos jurídicos e trabalhistas causados pela pandemia de covid-19 nos novos ambientes de trabalho, bem como garantir os direitos dos trabalhadores e evitar explorações.

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Já existem indícios que o trabalho remoto está causando mais estresse e carga horária maior, em virtude da falta de estrutura para o trabalho em casa, dificuldade de conciliar o trabalho com as atividades de parentes, marido, filho, por exemplo. E isso pode gerar ansiedade, segundo pesquisa feita pelo Linkedin, 62% dos profissionais estão mais ansiosos em home office. Será bem difícil se desconectar das atividades profissionais com o trabalho dentro de casa, exigirá disciplina e o estabelecimento de uma nova rotina.

Com isso, os profissionais estão cada dia mais em busca de sua autonomia e enfrentando novas possibilidades de desempenho profissional, pois diante desta realidade de “home office” as contratações e parcerias poderão ser realizadas em qualquer lugar, sem a exigência da presença física e o mercado profissional fica ainda mais globalizado.

Isso tudo implica numa reorganização tanto profissional quanto das empresas em instituir mecanismos de gestão e controle para dar suporte a este formato de trabalho.

O projeto de lei que está para ser aprovado estabelece ainda que é assegurado horários de repouso, e durante o intervalo entre as jornadas é assegurado também ao empregado em home office o direito de se desconectar dos instrumentos de telefonia, mecânicos ou tecnológicos de trabalho, sendo considerados abusivos ou intimidatórios os contatos e ordens emitidas dentro desses horários, exceto em caso de emergência, devidamente comprovada.

As empresas devem criar programas ou cursos profissionalizantes, ou adaptar os existentes, com o objetivo de preparar os trabalhadores para esse regime de trabalho remoto.

*Fabiana Lime é Consultora & Estrategista em Posicionamento Profissional e Gestão de Negócios há mais de 20 anos e idealizadora do Método PlanActing – Planejamento e Ação Gerando Resultados. Instagram e Linkedin @fabianadeolima.

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