Com o crescimento da área plantada de hortaliças e mandioca, a região Agreste viu, nos últimos anos, a transformação econômica que as culturas promoveram. O trabalho de assistência técnica e assessoria aos produtores tem sido fundamental para melhorar a produção, inserir tecnologias e lucrar com os alimentos produzidos.
Somente em 2024, o Banco do Nordeste financiou R$ 415 milhões para produtores rurais de Alagoas por meio do microcrédito Agroamigo, que é uma linha destinada a agricultores familiares.
O valor cresceu 49% em relação a 2023. Apenas em Arapiraca, o BNB financiou no ano passado R$ 7 milhões aos pequenos produtores do município, um crescimento de 58% nos financiamentos em relação ao ano anterior.
Com o crescimento da área plantada de hortaliças e mandioca, a região Agreste viu, nos últimos anos, a transformação econômica que as culturas promoveram. O trabalho de assistência técnica e assessoria aos produtores tem sido fundamental para melhorar a produção, inserir tecnologias e lucrar com os alimentos produzidos.
Somente em 2024, o Banco do Nordeste financiou R$ 415 milhões para produtores rurais de Alagoas por meio do microcrédito Agroamigo, que é uma linha destinada a agricultores familiares.
O valor cresceu 49% em relação a 2023. Apenas em Arapiraca, o BNB financiou no ano passado R$ 7 milhões aos pequenos produtores do município, um crescimento de 58% nos financiamentos em relação ao ano anterior.
De acordo com Russana Melo, gerente estadual do Agroamigo em Alagoas, há uma procura de muitos ex-produtores de fumo pela linha de crédito, que migram para hortaliças e para o cultivo da mandioca.
“Fazemos palestras e informamos a esses produtores sobre as linhas de crédito, que vão auxiliar em melhorias e incremento da produção. Já temos 15 unidades do Agroamigo no estado, sendo quatro delas somente em Arapiraca, e queremos incentivar que cada vez mais produtores busquem essa linha de crédito”, disse.
O Agroamigo é destinado a agricultores familiares. Eles precisam estar inscritos no CAF para ter acesso a financiamentos de microcrédito de até R$ 15 mil, com um sistema de juros diferenciado, além de bônus aos clientes adimplentes.
“São recursos subsidiados pelo Governo Federal, então o Banco do Nordeste ainda oferece suporte na área financeira para orientar a melhor forma de impulsionar sua produção com o financiamento. Hoje, os adimplentes podem ter até 40% de bônus sobre o valor do empréstimo”, explicou.
Com uma base produtiva formada em sua maioria por agricultores familiares, a produção de hortaliças no Agreste alagoano herdou do fumo parte da configuração territorial de produção. As áreas de cada agricultor variam entre 0,3 a 0,6 hectare, com alguns realizando o plantio no próprio quintal de casa.
Os ciclos mais curtos de produção de alfaces e afins também promoveram cultivos mais diversificados, possibilitando rotações de cultivo ao longo do ano. “Temos muitos agricultores que plantam alface, coentro, couve, promovendo assim rotação de cultivar.
O Senar atua também fazendo acompanhamento de campo e nossos técnicos orientam esses produtores desde o uso de defensivos agrícolas da maneira correta ao acompanhamento da produção, oferecendo dicas para acompanhamento de estoque e de vendas”, explicou Luana Torres.
Desde 2020, o Senar atendeu com assistência técnica e financeira cerca de 900 produtores de hortaliças no Agreste alagoano. Deste total, 545 foram somente em Arapiraca.
A região vem registrando crescimento de cultivo hidropônico de alfaces e de hortaliças orgânicas. Segundo Luana Torres, as hortaliças têm apresentado potencial de crescimento de renda aos produtores atendidos pelo Senar de 27%. O aumento se deve ao trabalho de orientação financeira e de manejo da produção.
Produtores também receberam um curso sobre processamento de alimentos, para aproveitamento das hortaliças que não chegam a ser vendidas, evitando descartes e prejuízos.
“Já tivemos produtores atendidos que chegaram com fluxo de caixa negativo e, em dois anos, estão no azul, com crescimento de 23% da renda. Houve um produtor que conseguiu incrementar em 80% sua renda”, disse.
O Senar também atende um grupo de cerca de 30 produtores de abacaxi, outra cultura que vem despontando no Agreste. Este já é o segundo ciclo do fruto, e a produção já abastece estados do Sul e Sudeste do país.