Série Especial:
Do fumo à hortaliça

Assistência técnica e linhas de crédito vêm impulsionando produção

07 de Junho de 2025

Por Vanessa Siqueira

Com o crescimento da área plantada de hortaliças e mandioca, a região Agreste viu, nos últimos anos, a transformação econômica que as culturas promoveram. O trabalho de assistência técnica e assessoria aos produtores tem sido fundamental para melhorar a produção, inserir tecnologias e lucrar com os alimentos produzidos.

Somente em 2024, o Banco do Nordeste financiou R$ 415 milhões para produtores rurais de Alagoas por meio do microcrédito Agroamigo, que é uma linha destinada a agricultores familiares.

O valor cresceu 49% em relação a 2023. Apenas em Arapiraca, o BNB financiou no ano passado R$ 7 milhões aos pequenos produtores do município, um crescimento de 58% nos financiamentos em relação ao ano anterior.

Com o crescimento da área plantada de hortaliças e mandioca, a região Agreste viu, nos últimos anos, a transformação econômica que as culturas promoveram. O trabalho de assistência técnica e assessoria aos produtores tem sido fundamental para melhorar a produção, inserir tecnologias e lucrar com os alimentos produzidos.

Somente em 2024, o Banco do Nordeste financiou R$ 415 milhões para produtores rurais de Alagoas por meio do microcrédito Agroamigo, que é uma linha destinada a agricultores familiares.

O valor cresceu 49% em relação a 2023. Apenas em Arapiraca, o BNB financiou no ano passado R$ 7 milhões aos pequenos produtores do município, um crescimento de 58% nos financiamentos em relação ao ano anterior.

Linhas de crédito do Banco do Nordeste vem impulsionando produção agrícola no Agreste alagoano. Foto: Prefeitura de Arapiraca

De acordo com Russana Melo, gerente estadual do Agroamigo em Alagoas, há uma procura de muitos ex-produtores de fumo pela linha de crédito, que migram para hortaliças e para o cultivo da mandioca.

“Fazemos palestras e informamos a esses produtores sobre as linhas de crédito, que vão auxiliar em melhorias e incremento da produção. Já temos 15 unidades do Agroamigo no estado, sendo quatro delas somente em Arapiraca, e queremos incentivar que cada vez mais produtores busquem essa linha de crédito”, disse.

O Agroamigo é destinado a agricultores familiares. Eles precisam estar inscritos no CAF para ter acesso a financiamentos de microcrédito de até R$ 15 mil, com um sistema de juros diferenciado, além de bônus aos clientes adimplentes.

“São recursos subsidiados pelo Governo Federal, então o Banco do Nordeste ainda oferece suporte na área financeira para orientar a melhor forma de impulsionar sua produção com o financiamento. Hoje, os adimplentes podem ter até 40% de bônus sobre o valor do empréstimo”, explicou.

Com uma base produtiva formada em sua maioria por agricultores familiares, a produção de hortaliças no Agreste alagoano herdou do fumo parte da configuração territorial de produção. As áreas de cada agricultor variam entre 0,3 a 0,6 hectare, com alguns realizando o plantio no próprio quintal de casa.

Os ciclos mais curtos de produção de alfaces e afins também promoveram cultivos mais diversificados, possibilitando rotações de cultivo ao longo do ano. “Temos muitos agricultores que plantam alface, coentro, couve, promovendo assim rotação de cultivar.

Agroamigo financiou somente em 2024 um montante de R$ 415 milhões para pequenos produtores em Alagoas. Foto: Banco do Nordeste/Reprodução

O Senar atua também fazendo acompanhamento de campo e nossos técnicos orientam esses produtores desde o uso de defensivos agrícolas da maneira correta ao acompanhamento da produção, oferecendo dicas para acompanhamento de estoque e de vendas”, explicou Luana Torres.

Melhoria na renda

Desde 2020, o Senar atendeu com assistência técnica e financeira cerca de 900 produtores de hortaliças no Agreste alagoano. Deste total, 545 foram somente em Arapiraca.

A região vem registrando crescimento de cultivo hidropônico de alfaces e de hortaliças orgânicas. Segundo Luana Torres, as hortaliças têm apresentado potencial de crescimento de renda aos produtores atendidos pelo Senar de 27%. O aumento se deve ao trabalho de orientação financeira e de manejo da produção.

Estufas de cultivo hidropônico de alfaces que foram construídas no povoado Batingas, em Arapiraca. Foto: Prefeitura de Arapiraca

Produtores também receberam um curso sobre processamento de alimentos, para aproveitamento das hortaliças que não chegam a ser vendidas, evitando descartes e prejuízos.

“Já tivemos produtores atendidos que chegaram com fluxo de caixa negativo e, em dois anos, estão no azul, com crescimento de 23% da renda. Houve um produtor que conseguiu incrementar em 80% sua renda”, disse.

O Senar também atende um grupo de cerca de 30 produtores de abacaxi, outra cultura que vem despontando no Agreste. Este já é o segundo ciclo do fruto, e a produção já abastece estados do Sul e Sudeste do país.

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