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Loomi: um bebê que já nasceu falando

A Loomi já entregou mais de 100 projetos. Um deles, envolvendo a Basf, chama atenção.

Quando a Neoenergia contratou os serviços do Movimento Empresa Junior (MEJ), do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ninguém imaginou que deste processo pudesse surgir um case de sucesso: a Loomi. A empresa, que se define como “ateliê de tecnologia”, nem completou três anos de operação e já tem em seu portfólio gigantes como Neoenergia, Riachuelo, Grupo Ipiranga, Basf, BRF Brasil Foods, só para citar algumas. E o CEO tem apenas 23 anos.

comenta  Gabriel Albuquerque, o CEO da companhia.
Gabriel Albuquerque, o CEO da companhia/Foto: divulgação Loomi

A Loomi surgiu para ajudar outras empresas no processo de aceleração digital. E capturou as gigantes. “Nossa empresa já nasceu global. Temos clientes na Europa e Estados Unidos”, comenta  Gabriel Albuquerque, o CEO da companhia. O salto para o sucesso que a Loomi deu em tão pouco tempo de vida, se assemelha a um bebê que já nasce falando.

E se todo bebê tem um padrinho, o da Loomi é a Neoenergia. A empresa de origem espanhola buscou o Centro da Informática da UFPE para desenvolver soluções para seus problemas e lá se deparou com a turma do MEJ, que assumiu o desafio de criar um sistema de gestão associado a um aplicativo voltado ao acompanhamento de ponta a ponta das obras do grupo.

O resultado deu tão certo que a Neoenergia adotou a tecnologia em empresas de quatro estados. Ao final, quis seguir trabalhando com a turma. “Foi quando vimos uma oportunidade de negócio”, lembra Gabriel Albuquerque.

Ele e mais quatro alunos se uniram a abriram a empresa. E tendo a Neoenergia como primeiro cliente, não foi difícil chegar a outros importantes players. Em poucos meses, o faturamento saltou de R$ 70 mil para R$ 200 mil – quase 285% de incremento. Este ano, o faturamento deve alcançar a casa dos R$ 8 milhões.

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A antiga startup do Centro de Informática da UFPE, hoje conta com sede própria em Recife e filial em São Paulo, no Learning Village, do grupo Ânima, um conceituado hub de inovação e tecnologia, do qual se tornou parceiro. Mas seus 54 colaboradores estão espalhados por várias cidades e alguns até fora do Brasil.

Remédios incinerados

A empresa já entregou mais de 100 projetos. Um deles, envolvendo a Basf, chama atenção. A gigante alemã contratou a Loomi para resolver um problema de desperdício. Segundo, Albuquerque, após uma pesquisa, a Basf constatou que cada empresa que comercializa medicamentos no Brasil incinera em média o equivalente a R$ 5 milhões por ano em remédios por perda de validade. Em paralelo, 80% da população brasileira não tem acesso a medicamentos, nem mesmo a remédios para dor de cabeça.

A solução foi criar um sistema que rastreia os produtos prestes a perder a validade. Ele se associa a um aplicativo que informa a uma transportadora parceira a disponibilidade dos produtos que já não podem estar nas prateleiras das farmácias. Por lei, medicamentos podem ser vendidos até seu prazo de validade, mas há uma exigência dentro da cadeia de distribuição de que medicamentos com baixo prazo de validade perdem sua “comercialidade. Assim, distribuidores ou as redes não aceitam receber os medicamentos com baixo prazo de validade. A distribuidora entrega as remessas a ONGs cadastradas que, por sua vez, se encarregam de fazer doações. No caso, só medicamentos que não precisam de requisição só coletados.

O piloto do projeto começa a rodar agora em todo Brasil. “O desafio agora é agregar mais empresas e elevar o montante de remédios a ser distribuído, evitando desperdício e poluição ambiental”, diz o CEO da Loomi.

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