terça-feira, 16/04/2024

Kalea coloca empresas na vitrine para o mercado financeiro

Etiene Ramos Empresas de todos os portes e segmentos começam a ganhar mais visibilidade perante  os  bancos, fintechs e agentes financeiros com o lançamento da startup Kalea. Desenvolvida no Recife pelo empresário Luiz Falbo Di Cavalcanti, que convidou os amigos Laerte Rodrigues (CTO) e Roberto Silva (COO), e o irmão Felipe Di Cavalcanti como sócios, […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

Etiene Ramos

Empresas de todos os portes e segmentos começam a ganhar mais visibilidade perante  os  bancos, fintechs e agentes financeiros com o lançamento da startup Kalea. Desenvolvida no Recife pelo empresário Luiz Falbo Di Cavalcanti, que convidou os amigos Laerte Rodrigues (CTO) e Roberto Silva (COO), e o irmão Felipe Di Cavalcanti como sócios, a plataforma nasce como um marketplace reverso onde as empresas que desejam crédito podem ser acessadas por quem tem crédito para oferecer, de acordo com o perfil dos seus potenciais clientes.

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Tudo acontece com o uso de inteligência artificial e um robô que minera, trata e estrutura os dados dos cadastrados em forma de indicadores de performance e desempenho e oferece aos agentes financeiros. Os que se interessam enviam propostas por email ao Kalea que só repassa os dados de contato dos clientes se eles concordarem formalmente, seguindo os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Luiz Falbo, ao centro, com os sócios Laerte e Roberto, lançam o marketplace que vai interligar clientes e agentes financeiros, Foto: Divulgação

A Kalea, ou crédito em havaiano, surgiu da experiência de Luiz  Falbo, que trabalhou 16 anos com o pai numa consultoria empresarial, no Recife. Ele conta que há dois anos começou a estudar as fintechs e open bankings a fim de entender e encontrar soluções para os clientes. “Vi muita inovação do lado dos bancos, mas as empresas continuavam com dificuldades de acesso ao crédito por excesso de burocracia e dificuldades de estruturação dos seus dados para apresentar ao mercado. Elas não estavam integradas ao movimento de inovação. Nesse gap, invertemos a relação: a empresa fica no centro e o mercado orbita em torno dela”, explica Falbo.

A ideia virou um protótipo e conquistou o apoio do programa de aceleração do LIFT LAB do Banco Central, da Microsoft e do Hub de Inovação do BNB, no Porto Digital do Recife, além de estar na fase de pré-aceleração na Darwin Startups que tem como parceiros a B3, a, Sinqia, a Transunion,a  RTM e o Grupo Safra.“Temos um panorama de turbinar nosso crescimento até o final do ano”, prevê o empresário.

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Monetização

O acesso das empresas ao Kalea é gratuito e a monetização do negócio vem com o fechamento dos contratos de empréstimos intermediados pela plataforma. É aí que os envolvidos pagam a‘taxa de sucesso’. Os percentuais não são revelados por questão estratégica do negócio, mas Luiz Falbo adianta que os contadores, peças-chave no levantamento da documentação das empresas, também são remunerados.

Com cerca de 300 empresas cadastradas, a plataforma tem procurado agentes financeiros de diversos perfis e está em negociação com uma fintech voltada para os Microempreendedores Individuais (MEIs). “Sempre ouvimos queixas de que o banco não conhecia a empresa e não via seu potencial de pagamento. Nossa conceituação é a de escutar o empresário. Queremos que ele diga o que quer e quais garantias pode dar, quais seus pontos fortes, número de empregados, e outros fatores que aumentam o potencial de geração de interesse na empresa e será avaliado pelos agentes financeiros”, explica Luiz Falbo.

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