Bahia e Pernambuco lideram o desemprego no primeiro trimestre de 2022

Com o desemprego em alta, o rendimento médio dos pernambucanos caiu 12,3% no primeiro trimestre de 2022, comparando com o mesmo período do ano anterior.

A taxa de desocupação (desemprego) em Pernambuco foi de 17% no primeiro trimestre de 2022, ficando estável frente ao trimestre anterior. Com o resultado, Pernambuco foi o segundo Estado com mais desemprego no Brasil no período, atrás somente da Bahia (17,6%), segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD), divulgados nesta sexta (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números também refletem a desigualdade do País: os 10 primeiros Estados que estão à frente da informalidade, todos são do Norte e Nordeste, as regiões mais pobres do Brasil. 

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Em Pernambuco, a taxa de desocupação diminuiu 4,4%, quando comprado com o primeiro trimestre de 2021, quando os efeitos da pandemia do coronavírus estavam impactando mais a economia, principalmente no setor de serviços, grande gerador de empregos. 

A PNAD Contínua pesquisa também o rendimento médio mensal habitual das pessoas ocupadas, que ficou em R$ 1.740 no primeiro trimestre de 2022 em Pernambuco. Ocorreu uma perda de 12,3%  frente aos três primeiros meses do ano passado. ”Isso revela a precariedade das relações de trabalho confirmada pelas estatísticas que mostram que mais metade dos ocupados no Estado estão em trabalhos informais”, explica a gerente de Pesquisa do IBGE no Recife, Fernanda Estelita.

O trabalho informal é precário, muitas vezes não recolhe para a aposentadoria e também o trabalhador não tem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que pode ser sacado em caso de desemprego. 

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Dos 10 Estados que lideram o ranking da informalidade, sete estão no Nordeste e três na região Norte. Isso mostra que a informalidade também está ligada também à pobreza destas duas regiões. O Pará é o Estado com maior percentual de pessoas no trabalho informal, chegando a ter 62,7% da sua população- com mais de 14 anos – neste tipo de ocupação. Pernambuco está com 52,6% da sua população nesta situação, representando 1.865 mil pessoas. 

Categorias que mais cresceram em Pernambuco

As duas categorias de trabalhadores que cresceram de forma estatisticamente relevante no início de 2022 em Pernambuco foram: o trabalhador doméstico que saiu de um contigente de 187 mil para 214 mil pessoas com uma variação de 14,6%. A outra foi a de trabalhador familiar auxiliar, que não tem remuneração e ajuda a atividade econômica de um membro do domicílio ou parente. Eles eram 68 mil no primeiro trimestre de 2021 e passaram para 102 mil pessoas no primeiro trimestre deste ano. Ocorreu uma variação de 50,4%.

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