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IBGE: Produção industrial sobe 0,6% em todo o país, em julho

A produção da indústria nacional cresceu 0,6% entre junho e julho, com alta em quatro dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os avanços foram registrados no Pará (4,7%), no Mato Grosso (3,7%), Santa Catarina (1,9%) e Rio de Janeiro […]

A produção da indústria nacional cresceu 0,6% entre junho e julho, com alta em quatro dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os avanços foram registrados no Pará (4,7%), no Mato Grosso (3,7%), Santa Catarina (1,9%) e Rio de Janeiro (0,7%). Nos quatro casos, os percentuais estão bem acima da média nacional.

FOTO: Wenderson Araujo – CNA/Trilux

Para Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, as medidas que têm impacto direto sobre a cadeia produtiva e o consumo das famílias podem explicar as altas nesses estados. “A redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e o aumento de benefícios sociais modificam as tomadas de decisões por parte da produção, com tendência de antecipação, devido a essas medidas”, observou.

Minério de ferro

Entre as principais indústrias responsáveis pelo crescimento em cada local, em julho, está a indústria extrativista de minério de ferro, que avançou no Pará, e no Rio de Janeiro. “No Rio, o setor extrativo também é o grande responsável pela alta, mas destacamos o petróleo e gás natural. Em Santa Catarina temos os setores de máquinas e equipamentos e produtos de borracha e material plástico. Já em Mato Grosso, o principal setor que influenciou de forma positiva foi o de alimentos”, explicou Almeida.

Outros estados, porém, se destacaram pelos resultados negativos, como o Espírito Santo (-7,8%), que ampliou a queda de 1,3% em junho e a Bahia (-7,3%), que eliminou o ganho acumulado de 7,6%, no período entre fevereiro e junho. A região Nordeste também ficou em baixa, com redução de -6%, na sua produção industrial em julho, com queda na produção de 6,8% em três meses consecutivos. Já Minas Gerais ficou estável.

“Ainda permanecem efeitos negativos que observamos em divulgações anteriores. Por parte da oferta, o abastecimento de insumos e o encarecimento das matérias-primas, e pelo lado da demanda, inflação alta e juros elevados, causando o encarecimento do crédito. Tudo isso impacta diretamente no consumo das famílias e na cadeia produtiva”, concluiu o analista do IBGE.

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Em São Paulo, onde fica o maior parque industrial do país, a queda foi de 0,6% em relação a junho. Segundo o IBGE, o percentual representou a segunda maior influência no resultado industrial nacional, atrás apenas da Bahia, em julho. Para o analista, os setores que mais impactaram negativamente o resultado da indústria paulista foram os de veículos automotores e o setor de máquinas e equipamentos.

Apesar dos fatores positivos, com as medidas governamentais, ainda permanecem efeitos negativos, como inflação elevada, encarecimento do crédito e das matérias primas e desabastecimento de insumos. “Assim como na indústria nacional, esses fatores também podem ser observados na indústria de São Paulo. Com esse resultado, a indústria paulista está 1,5% abaixo de seu patamar pré-pandemia”, sinalizou Bernardo Almeida.

Na comparação com julho do ano passado, o setor industrial registrou queda de 0,5%, com quatro dos 15 locais pesquisados apresentando taxa negativa. Naquele mês, o Espírito Santo teve redução de dois dígitos e a mais acentuada queda (-10,6%), mas Mato Grosso (25,6%) apresentou destaque positivo. “Vale citar que julho de 2022 (21 dias) teve um dia útil a menos que o mesmo mês em 2021”, ponderou o IBGE.

A PIM Regional produz indicadores de curto prazo, relacionados ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação, desde a década de 1970. “Ela traz [o estudo], mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste”.

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