A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263,3 mil toneladas de arroz importado em leilão realizado na manhã desta quinta-feira (6). A previsão do governo era comprar até 300 mil toneladas do alimento.
A estratégia do leilão foi adotada para reduzir o preço do arroz, que chegou a aumentar 40% por causa das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado gaúcho é responsável por 70% da produção nacional do grão.
O governo pretende vender o arroz em embalagem específica a R$ 4 o quilo, de forma que o preço final não ultrapasse R$ 20 pelo pacote de 5 quilos.
O produto será destinado a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais em regiões metropolitanas, com base em indicadores de insegurança alimentar.
O leilão chegou a ser barrado pela Justiça Federal em Porto Alegre. O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Fernando Quadros da Silva, entretanto, acatou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e liberou a realização do pregão.
Qualidade do arroz
O leilão promovido pelo Governo Federal para a compra de arroz importado aconteceu por meio de pregão eletrônico na modalidade viva-voz, com a exigência de ser um arroz importado de qualidade, safra 2023/2024, com aspecto, cor, odor e sabor característicos de arroz beneficiado polido, longo, fino e do tipo 1.
O arroz será entregue a regiões metropolitanas definidas pela Conab, levando em conta indicadores de insegurança alimentar, até o dia 8 de setembro. O leilão do arroz visa diminuir os negativos impactos sociais e econômicos da tragédia climática que há um mês acometeu o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do cereal.
A Conab está autorizada a comprar um milhão de toneladas por meio de leilões, de acordo com a necessidade da população brasileira.
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