quinta-feira, 28/03/2024

Representantes de eventos corporativos do Nordeste se posicionam contra restrições

Por Juliana Albuquerque Em carta aberta, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) se posicionou com veemência sobre as novas restrições ao setor de eventos em várias regiões do Brasil. No documento, a Abeoc argumenta que não é possível que o segmento tenha que reviver o que ocorreu em março de 2020, quando por […]
Evento corporativo. Imagem: Pixabay

Por Juliana Albuquerque

Em carta aberta, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) se posicionou com veemência sobre as novas restrições ao setor de eventos em várias regiões do Brasil. No documento, a Abeoc argumenta que não é possível que o segmento tenha que reviver o que ocorreu em março de 2020, quando por conta de uma pandemia ainda sem vacina não houve alternativas a não ser parar.

- Publicidade -

“Muito foi aprendido e demonstrado desde então para provar que eventos, como feiras e congressos, têm a organização e o controle necessários para garantir uma participação segura. Nestes quase dois anos, percorremos um longo caminho. Nos unimos em prol da sobrevivência do setor, nos mobilizamos pelo socorro através das medidas emergenciais, conquistamos espaço e voz. Asseguramos através dos eventos-testes que trabalhamos duro para criar ambientes monitorados, propícios para os negócios, a capacitação, para dar visibilidade a marcas e produtos, e não para a contaminação. No pouco tempo que tivemos para a retomada do calendário fizemos a roda da economia voltar a girar, recompomos equipes e criamos novos postos de trabalho. E pasmem! Atestamos o que vínhamos bradando há meses sem descanso: Não tivemos aumento de casos por conta dos eventos corporativos”, afirma o documento oficial da nacional da Abeoc.

Na regional da associação no Nordeste, Pernambuco, Bahia e Ceará endossam o coro da associação nacional, onde não conseguem entender o porque penalizar todo o setor sem ponderar as diferenças entre os tipos de eventos.

“Existe uma necessidade grande de separar os tipos de eventos por parte das autoridades governamentais. Os participantes de eventos corporativos têm um comportamento diferente. Em corporativo, as pessoas estão sentadas em sala de aula, com distanciamento, conseguimos ter o controle vacinal. São medidas que tem que que ser pensadas de forma diferentes de acordo com a natureza dos eventos. Não justifica que os eventos corporativos sejam penalizados como se fosse uma festa de réveillon ou carnaval”, argumenta o vice-presidente da Abeoc-CE, Rafael Bezerra.

- Publicidade -

Na Bahia, embora não se tenha notícias, ainda, sobre cancelamento de eventos corporativos e sociais, o setor segue apreensivo, pois com a redução de público para eventos privados, talvez se torne inviável a realização das festas já organizadas para o período.

“Temos buscados colocar a voz da Abeoc em conjunto com várias entidades de classe do setor e do próprio Conselho Baiano de Turismo para tentarmos conseguir que as autoridades não retaliem apenas um setor que para eles é conveniente atacar, porque a opinião pública não vai se fazer contrária. Como não dá para parar a aglomeração nos transportes públicos ou comprar uma nova briga com o comércio, e fechar shoppings ou outros negócios de rua, é muito mais fácil atacar o negócio de festas e eventos que gera aglomeração, por assim dizer. Estamos pedindo as autoridades que tenham parcimônia nas negociações, para que seja uma coisa conversada, dialogada e possível para ambas as partes”, explica a presidente da Abeoc-BA, Cinara Cardoso.

Segundo Tatiana Marques, presidente da Abeoc em Pernambuco, embora tanto o governo quanto o setor de eventos tenham como meta a preservação da vida, a falta de diálogo impede que se encontre um denominador comum.

“Acho que as entidades representativas das forças produtivas prejudicadas precisam ser chamadas para uma conversa em conjunto. Porque penalizar os eventos corporativos planejados para esse período? Qual a razão? Se eles estão acontecendo com o cumprimento de protocolos estabelecidos e validados pela Anvisa e pelo próprio governo?”, questiona Marques, que qualifica como injusta a forma em que todo o setor está sendo penalizado com as recentes restrições impostas pelo governo de Pernambuco a todos os segmentos que compõem o setor.

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -