No Rio Grande do Norte, a Petrobras irá investir numa planta-piloto para geração de hidrogênio renovável. Será na Usina Termelétrica do Vale do Açu, em Alto do Rodrigues, a 202 km de Natal, com investimento total de R$ 90 milhões. O projeto será realizado em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER) e a previsão é de que a planta para teste entre em operação no primeiro trimestre de 2026.
Esses e outros investimentos aumentarão a demanda local por energia, estimulando novos projetos eólicos e solares, numa positiva sinergia. Mas isso exigirá, da mesma forma, boa infraestrutura de transmissão. Há quem defenda que os investimentos em transmissão precisam vir na mesma velocidade, sob pena de o Brasil perder o trem da oportunidade.
No entanto, usinas geradoras e as linhas de transmissão não são construídas na mesma velocidade. As linhas leiloadas em setembro passado só estarão operando daqui a sete anos.
“Os cortes de energia, que começaram com 1% da carga, hoje já alcançam mais de 4%. Diante deste cenário, será preciso muito investimentos para que os negócios com hidrogênio verde prosperem. Também é preciso que portos, como Suape e Pecém, estejam preparados para receber uma carga adicional sob pena de atraso nos projetos”, sustenta Luiz Piauhylino Filho, que é CEO da H2 Verde, empresa luso-brasileira estrategista em projetos de H2V e secretário de Hidrogênio Verde do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel).