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Decreto veta EaD para direito, medicina, odontologia, enfermagem e psicologia

Estas cinco graduações precisam ser oferecidas exclusivamente em formato presencial, determina decreto sobre EaD no Brasil assinado pelo presidente Lula nesta segunda-feira
Lula assinatura decreto que regulanenta a política de EaD no Brasil
Decreto assinado pelo presidente da República aprimora o marco regulatório e lança as bases de uma nova política de EaD. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Após uma série de adiamentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (19), um decreto com a Nova Política de Educação a Distância (EaD). O documento busca regular as modalidades de graduação após um crescimento de cursos on-line.

De acordo com regras que vieram a público no domingo (18), nenhum curso poderá ser 100% a distância. As graduações de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia precisam ser oferecidas exclusivamente em formato presencial, devido à centralidade de atividades práticas, laboratórios presenciais e estágios.

Os demais cursos da área de Saúde e as licenciaturas também não poderão ser ofertados a distância, e sim exclusivamente nos formatos presencial ou semipresencial. Estão previstos dois anos de transição para adaptação gradual dos cursos e garantia do direito dos estudantes já matriculados.

O texto estava previsto inicialmente para ser publicado em 31 de dezembro do ano passado. No entanto, foi adiado quatro vezes. A última portaria, de 10 de abril, dizia que ele seria publicado até 9 de maio, esta sexta-feira, o que não aconteceu.

Para o ministro da Educação, atualmente a EaD ocupa uma posição central no sistema de educação superior no Brasil e merece uma atenção especial do poder público, responsável pela regulação, avaliação e supervisão da educação superior. “Acreditamos que a EaD pode proporcionar ao estudante uma experiência tão rica quanto a dos demais cursos, desde que haja um efetivo compromisso de todos com o processo de ensino e aprendizagem ”, defende Santana.

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Salto nas matrículas de EaD

A preocupação do governo com o ensino a distância se dá pela explosão de matrículas nos últimos oito anos — de 1,7 milhão para 4,9 milhões de alunos, um salto de 179% —, ao mesmo tempo em que os questionamentos sobre a qualidade dessa formação se multiplicam.

As críticas se dão especialmente pelo fato de algumas profissões que exigem aprendizado prático, como enfermeiros e professores, estarem sendo formados com carga horária on-line cada vez maior. Alguns casos, como as licenciaturas, possuem apenas os estágios sendo realizados presencialmente.

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