A região Nordeste será o principal destino turístico dos brasileiros no verão de 2025, segundo uma pesquisa inédita realizada pela Nexus a pedido do Ministério do Turismo. O levantamento aponta que 53% das viagens domésticas previstas entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025 terão como destino estados nordestinos, reafirmando a atratividade da região, especialmente por seus cenários de sol e praia, que representam o principal atrativo para 54% dos viajantes. Todos os dados podem ser consultados neste link.
Entre os estados mais procurados, a Bahia lidera, com 19% das intenções de viagem, seguida pelo Ceará, com 12%, e por Pernambuco e Alagoas, ambos com 6% cada. A diversidade de atrativos, que vai desde praias paradisíacas até roteiros culturais e gastronômicos, posiciona esses estados como favoritos entre turistas de diferentes perfis e faixas etárias.
No caso da Bahia, destinos como Salvador, Porto Seguro e Chapada Diamantina continuam a atrair famílias e jovens em busca de lazer e aventura. Já no Ceará, Fortaleza, Jericoacoara e Canoa Quebrada mantêm o estado entre os mais desejados, com uma combinação de infraestrutura turística e belezas naturais.
Em Pernambuco, destinos como Porto de Galinhas, com suas piscinas naturais, e Recife e Olinda, reconhecidas pelo patrimônio histórico e cultural, são destaques, enquanto em Alagoas, Maceió encanta pelas praias urbanas de águas cristalinas, e Maragogi, conhecido como “Caribe Brasileiro”, atrai turistas em busca de piscinas naturais e vida marinha abundante.
“O turismo brasileiro vive um momento de quebra de recordes e bons resultados para o setor e a temporada de verão será decisiva para um 2025 ainda melhor. A pesquisa contribui para entender quais destinos devem receber mais turistas na alta temporada e também nos auxiliam a direcionar as políticas públicas de maneira assertiva, a partir da melhoria da infraestrutura turística local, da qualificação profissional e promoção dos destinos, entre outros”, declarou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Impacto econômico regional
A expectativa é que o turismo de verão aqueça significativamente a economia regional. Com mais de 35% dos brasileiros planejando viajar a lazer, o Nordeste deve captar a maior parte desse fluxo, gerando oportunidades para setores como hospedagem, transporte e comércio.
O ticket médio estimado para as viagens de verão em 2025 é de R$ 2.514, representando um aumento de 34% em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete não apenas o maior gasto dos turistas, mas também uma recuperação econômica do setor, que vinha enfrentando desafios desde a pandemia.
Transporte e hospedagem
O carro próprio será o principal meio de transporte utilizado pelos turistas, escolhido por 40% dos viajantes. Já para hospedagem, 47% preferem ficar na casa de amigos ou parentes, enquanto 25% optarão por hotéis e 17% por pousadas, reforçando a diversidade de opções na região.
Uma parceria entre o Ministério do Turismo e companhias aéreas deverá aumentar para 29,8 milhões o número de assentos em voos domésticos no próximo verão. A previsão é de que sejam ofertados 3,2 milhões de assentos a mais, número que corresponde a um crescimento de 12% na comparação com a temporada passada. A expectativa é de que o número de voos internos disponíveis aumente em 17,8 mil, chegando a um total de 184 mil, resultado 10,7% acima do total verificado em 2023.
Oportunidades e desafios do turismo no NE
Embora o Nordeste continue atraindo a maioria dos turistas brasileiros, desafios permanecem, como a necessidade de melhorar a infraestrutura em alguns destinos e tornar os preços mais acessíveis para uma parcela maior da população. Segundo a pesquisa, 44% dos brasileiros que não irão viajar apontaram a falta de condições financeiras como principal motivo, destacando a importância de políticas públicas para democratizar o acesso ao turismo.
A pesquisa realizada entre 14 e 28 de outubro de 2024, com 5.542 entrevistas domiciliares em todas as unidades federativas, reforça a relevância do turismo como motor econômico para o Nordeste. Com destinos consolidados e em crescimento, a região segue sendo o coração do turismo doméstico no Brasil.
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