Depois de mais de dois anos paralisado, o terminal de granéis sólidos do Porto de Suape voltou a operar. A chegada da primeira carga importada de coque verde de petróleo pelo porto, no último domingo, marcou o reinício das operações do terminal, arrendado, temporariamente, pela empresa M&G São Caetano. A carga com 33 mil toneladas do produto deve ter seu desembarque concluído nos próximos dias.
Segundo Roberto Gusmão, diretor-presidente de Suape , a retomada promoverá um incremento nas exportações e importações de açúcar a granel e em sacos, granéis sólidos em geral, como fertilizantes e barrilha, coque de petróleo, granéis vegetais, entre outros.
Assinado no último dia 16 de junho, o contrato de transição com a M&G tem duração de seis meses ou até a conclusão do processo licitatório do arrendamento definitivo pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que ocorrerá em 2022, para exploração do terminal por 35 anos. A empresa tem sede no Agreste de Pernambuco e é especializada no beneficiamento de gesso e caulim. Também atua como operador portuário, armazéns gerais, carga e descarga e outros serviços de transporte e logística.
O espaço foi oferecido para arrendamento após a devolução da área pela Agrovia do Nordeste e autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame. O terminal tem capacidade de movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano e fica localizado na retroárea do Cais 5 do atracadouro, dispondo de 72 mil metros quadrados.
O coque verde de petróleo é usado como matriz energética e pode substituir o carvão como combustível nas indústrias. A carga é constantemente exportada via Porto de Suape. Já a operação de descarga é uma novidade e difere dos procedimentos de embarque.
A direção do porto informa que a M&G contratou duas empresas, uma para o monitoramento terrestre e outra, para o marítimo da operação. Esses e outros procedimentos são importantes para garantir que não ocorram danos ao meio ambiente. “Contamos também com um supressor de particulados sueco que evita a dispersão de partículas durante a movimentação das cargas. Essas melhorias são baseadas em 15 anos de experiência operando coque de petróleo”, explica Geraldo Lobo, proprietário e CEO da empresa.