As expectativas dos empresários do comércio estão mais positivas e elevaram o Índice de Confiança do Comércio, em agosto, com alta de 4,3 pontos. O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir de informações de 780 empresas, foi divulgado nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE).
O índice que mede as expectativas avançou de 84,8 para 94,5 pontos, mas a avaliação da situação atual recuou de 105,6 pontos para 104,2 pontos, o que indica demanda ainda em queda. Com as pontuações, o resultado global do índice avançou de 95,1 para 99,4 pontos, ficando bem perto do patamar de 100 pontos, considerado neutro. Valores abaixo de 100 nessa escala são considerados negativos.
Na opinião do economista da FGV IBRE, Rodolpho Tobler, a desaceleração da inflação, medidas de estímulo do governo e a melhora da confiança do consumidor contribuem para o ânimo dos empresários do setor para os próximos meses.
“Contudo, embora mais otimistas, isso não tem se refletido nas avaliações sobre o presente, já que, pelo segundo mês consecutivo, os indicadores que medem a demanda seguem em queda. Para os próximos meses, ainda é possível imaginar resultados positivos, mas é necessária cautela, considerando o ambiente macroeconômico ainda frágil e com alguma oscilação devido à proximidade das eleições”, explicou.
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