Os estados do Nordeste que lideraram os volumes de vendas no varejo, em fevereiro último, foram Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, com altas, respectivamente, de 4,0%; 3,2%; 2,9% e 2,1%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pernambuco registrou uma variação de 0,5%, sendo o segundo pior resultado entre todas as unidades da Federação, perdendo apenas para o Tocantins que apresentou uma queda de 3,7%. O aumento médio no País ficou em 1,1%.
“O varejo continua sendo o grande motor da economia. Quando este setor vai bem, tem dois atores principais que estão bem. As rendas da família têm um aspecto importante neste aumento e outro fator é que são abertos mais postos de trabalho, porque é uma atividade intensiva de capital humano”, resume, numa entrevista por telefone, o gerente da PMC, Cristiano Santos.
O crescimento das vendas do varejo no Maranhão foi puxado por hipermercados – que incluem as grandes lojas de atacarejo – e os supermercados, independente do tamanho dos mesmos. “No Maranhão, as vendas do varejo foram puxadas por grandes lojas, enquanto no Rio Grande do Norte foram mais os pequenos supermercados que contribuíram para esta alta”, explica Cristiano.
Ainda de acordo com as informações do IBGE, o segmento que inclui tecidos, vestuário e calçados contribuiu para o aumento das vendas do varejo no Maranhão, Rio Grande do Norte e a Bahia. “No primeiro, foram mais os artigos de viagem; no Rio Grande do Norte, foram os calçados esportivos”, acrescenta Cristiano.
Em todo o País, as lojas de departamento venderam menos em fevereiro último, comparando com janeiro deste ano. No mesmo período, o crescimento das vendas do Ceará foram puxadas pelo incremento das vendas de combustíveis e lubrificantes, o que também ocorreu em estados como Rio de Janeiro e São Paulo.
Pernambuco
Em Pernambuco, o que puxou para baixo o volume das vendas do varejo na comparação de fevereiro último com o mês anterior foram outros artigos de uso pessoal, o que inclui produtos vendidos em grandes lojas de departamento, brinquedos e material esportivo. A queda nas vendas das grandes lojas de departamento ocorreu no Brasil inteiro, segundo Cristiano Santos.
Na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, Pernambuco registrou uma queda de 7,7% no volume de vendas do varejo. Ao comparar com o mesmo mês, o IBGE divulga os percentuais por atividade.
Neste período, ainda em Pernambuco, das dez atividades pesquisadas, somente o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registrou uma alta de 7,6%. Todos os demais tiveram queda. Os recuos mais expressivos ocorreram em móveis e eletrodomésticos (-29,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,2%), material de construção (-11,7%) e Veículos, motocicletas, partes e peças (-8%).
Ceará e Bahia
Ainda na mesma base de comparação, no Ceará houve um crescimento de 1,2% no volume das vendas do varejo. O item que mais puxou a performance para cima foi o composto por tecidos, vestuário e calçados com uma alta de 22,5%. Por lá, as maiores quedas ficaram com móveis e eletrodomésticos (-16,1%) e livros, jornais e papelarias com -15,2%.
O volume de vendas do varejo na Bahia ficou -3,3%, comparando fevereiro deste ano, com o mesmo mês do ano passado. As performances que mais contribuíram para isso foram móveis e eletrodomésticos (-30,9%) e combustíveis e lubrificantes (-12,9%).
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